Segunda fase do projeto de reforma tributária brasileira propõe redução de impostos para pessoas físicas e jurídicas

Ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes, fala durante cerimônia de lançamento de programa de expansão do acesso ao crédito no Palácio do Planalto, em Brasília, Brasil, 19 de agosto de 2020. REUTERS / Adriano Machado

BRASÍLIA (Reuters) – O governo brasileiro divulgou na sexta-feira a segunda fase de um projeto de lei mais amplo de reforma tributária que visa reduzir o imposto de renda de até 30 milhões de trabalhadores, isentar 16 milhões do pagamento de qualquer imposto e aumentar as taxas. sobre ganhos de capital no mercado financeiro.

O sistema tributário brasileiro é amplamente considerado um dos mais complexos do mundo, e o governo insiste que simplificá-lo e reduzir a carga tributária geral é fundamental para promover o investimento sustentável de longo prazo e o crescimento econômico.

“Trinta milhões de trabalhadores assalariados no Brasil pagarão menos imposto de renda porque, pela primeira vez, estamos tributando ganhos de capital”, disse o ministro da Economia, Paulo Guedes, aos jornalistas após entregar as propostas ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.

“Este é apenas o começo”, disse ele. “Isso está mostrando uma nova tendência. Se os impostos têm subido nos últimos 40 anos, eles começarão a cair agora.”

Lira também enfatizou que a carga tributária geral não será aumentada e disse estar confiante de que o Congresso aprovará o projeto de reforma tributária este ano.

Guedes disse que a redução do imposto de renda para pessoas físicas será financiada por meio do aumento do imposto sobre ganhos de capital. Em apresentação do Ministério da Economia, o governo propôs um imposto de 20% sobre os dividendos, com isenção mensal de 20 mil riais (US $ 4 mil).

As propostas também incluem um imposto de 15% sobre todas as transações do mercado de ações calculadas em uma base trimestral em vez de mensal, como é o caso atualmente.

A lei cortaria os impostos corporativos para 12,5% no próximo ano, dos atuais 15%, e depois baixaria para 10% a partir de 2023.

O governo enviou ao Congresso a primeira fase de suas aguardadas propostas de reforma tributária há quase um ano. Tratava-se da contribuição social e do imposto sobre o valor agregado (IVA) de PIS e Cofins.

(Reportagem de Jimmy McGyver e Ricardo Brito)

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