BRASÍLIA (Reuters) – O governo brasileiro divulgou na sexta-feira a segunda fase de um projeto de lei mais amplo de reforma tributária que visa reduzir o imposto de renda de até 30 milhões de trabalhadores, isentar 16 milhões do pagamento de qualquer imposto e aumentar as taxas. sobre ganhos de capital no mercado financeiro.
O sistema tributário brasileiro é amplamente considerado um dos mais complexos do mundo, e o governo insiste que simplificá-lo e reduzir a carga tributária geral é fundamental para promover o investimento sustentável de longo prazo e o crescimento econômico.
“Trinta milhões de trabalhadores assalariados no Brasil pagarão menos imposto de renda porque, pela primeira vez, estamos tributando ganhos de capital”, disse o ministro da Economia, Paulo Guedes, aos jornalistas após entregar as propostas ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.
“Este é apenas o começo”, disse ele. “Isso está mostrando uma nova tendência. Se os impostos têm subido nos últimos 40 anos, eles começarão a cair agora.”
Lira também enfatizou que a carga tributária geral não será aumentada e disse estar confiante de que o Congresso aprovará o projeto de reforma tributária este ano.
Guedes disse que a redução do imposto de renda para pessoas físicas será financiada por meio do aumento do imposto sobre ganhos de capital. Em apresentação do Ministério da Economia, o governo propôs um imposto de 20% sobre os dividendos, com isenção mensal de 20 mil riais (US $ 4 mil).
As propostas também incluem um imposto de 15% sobre todas as transações do mercado de ações calculadas em uma base trimestral em vez de mensal, como é o caso atualmente.
A lei cortaria os impostos corporativos para 12,5% no próximo ano, dos atuais 15%, e depois baixaria para 10% a partir de 2023.
O governo enviou ao Congresso a primeira fase de suas aguardadas propostas de reforma tributária há quase um ano. Tratava-se da contribuição social e do imposto sobre o valor agregado (IVA) de PIS e Cofins.
(Reportagem de Jimmy McGyver e Ricardo Brito)
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