Real Madrid vence em meio a vitória de Lula Wu ao aderir à chapa

(Bloomberg) — O real brasileiro ganhou depois que o ex-presidente de esquerda Luis Inácio Lula da Silva, favorito na corrida presidencial deste ano, disse que gostaria que o ex-governador de São Paulo Geraldo Alcumen fosse seu vice.

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“Temos diferenças e visões de mundo diferentes, mas eu não teria nenhum problema em fazer um bilhete com a Emboscada para ganhar eleições e governar este país”, disse Lula, 76, a sites locais na quarta-feira, dizendo que pela primeira vez buscaria o apoio de partidos de centro e até de partidos de centro-direita antes da votação de outubro.

O rial subiu 1,6% para 5,479 em relação ao dólar americano, superando os ganhos entre as moedas dos mercados emergentes, já que os investidores viram uma potencial aliança com Alckmin como um sinal de que Lula avançaria em direção a políticas mais moderadas se eleito.

“Isso reduz a possibilidade de que o programa de Lula seja radical”, disse Juan Prada, estrategista de câmbio do Barclays Capital. “Se ele está procurando alianças com centristas, não pessoas hostis ao mercado, isso é uma vantagem.”

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Os investidores estão cada vez mais voltando sua atenção para as eleições brasileiras, que podem sinalizar o retorno de Lula, depois que as disputas latino-americanas do ano passado levaram outros líderes de esquerda ao poder no Chile e no Peru. Alianças com partidos mais moderados provavelmente empurrarão o potencial governo Lula para o centro político.

Na verdade, Lula e Alcamine se enfrentaram na corrida presidencial de 2006: Lefty e Alcamine ficaram em segundo lugar. O ex-governante deixou o centrista Partido Social Democrata Brasileiro no ano passado em meio a negociações para se juntar a uma lista liderada por seu ex-rival. Durante essas negociações, mostrou-se preocupado ao saber do interesse de Lula em reverter a reforma trabalhista recém-aprovada, apenas para ser informado por assessores do ex-presidente que nenhuma decisão seria tomada sem consultar aliados.

Em seus comentários na quarta-feira, Lula também disse que o banco central precisa trabalhar para o Brasil, não para o presidente, acrescentando que pretende entrar em contato com o banco para discutir o futuro do país.

Uma pesquisa realizada em 12 de janeiro mostrou que 44% dos brasileiros apoiariam Lula em uma partida frente a frente contra o presidente Jair Bolsonaro, já que a pandemia e a estagnação econômica prejudicaram a popularidade do titular.

(Atualizações com comentários de analistas, mais informações começam no terceiro parágrafo)

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