Raisen do Brasil está considerando a venda de ativos e parcerias para impulsionar o crescimento

SÃO PAULO (Reuters) – A empresa brasileira de energia RAIZEN ENERGIA (RAIZ4.SA) está estudando oportunidades de desinvestimento e parcerias estratégicas para impulsionar o crescimento em suas unidades de negócios, disseram executivos da empresa nesta quarta-feira.

O CEO da Raízen, Ricardo Musa, disse durante reunião com investidores e analistas que a Raizen, uma joint venture entre a Shell PLC (SHEL.L) e a Cosan (CSAN3.SA), possui muitos ativos que podem ser monetizados por meio de vendas ou parcerias.

Moussa disse que nenhum objetivo específico foi definido para este plano de “reciclagem de carteiras”, considerando que qualquer negócio será implementado “com grande rigor” sem afetar a estratégia de longo prazo da empresa.

Musa disse que a escala dos desinvestimentos dependerá de vários fatores, como a safra de cana-de-açúcar deste ano no Brasil, que teve um desempenho “melhor do que o esperado”.

A empresa, que atua no setor sucroalcooleiro, além de ser uma das maiores distribuidoras de combustíveis do Brasil, pode agora estar em busca de parceiros para a Raízen Power, unidade de negócios lançada recentemente com foco no setor elétrico.

A nova unidade busca ser líder no fornecimento de energia elétrica e soluções de descarbonização, com o objetivo de atingir 6 milhões de clientes e triplicar seu faturamento antes de juros, impostos, depreciação e amortização.

O cronograma para atingir essas metas dependerá do progresso regulatório, disse Frederico Saliba, presidente de energia e energia renovável da empresa.

Em relação ao açúcar, Moussa disse que os preços devem estar em patamares estruturalmente elevados, acima de 22 ou 23 centavos de dólar por libra, para justificar investimentos para aumentar sua capacidade de produção.

“Vai demorar, e não vamos tomar a decisão de investir mais em açúcar apenas se virmos esse horizonte se mantendo por um período mais longo”, afirmou.

O açúcar bruto em julho acertou 1,2%, a 25,49 centavos de dólar a libra-peso na quarta-feira.

(Reportagem de Leticia Fukushima e Roberto Samoura) Edição de David Gregorio

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