BRASÍLIA (Reuters) – O Partido Social-democrata do Brasil não pôde nomear no domingo um candidato à presidência para as eleições do ano que vem devido a uma falha na implementação da votação, atrasando uma decisão entre os principais candidatos João Doria e Eduardo Leit.
O partido de centro-direita disse que decidiu suspender a votação até uma data posterior, depois que uma falha no aplicativo bloqueou o acesso de muitos dos 44.700 membros registrados para votar, incluindo figuras como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Um porta-voz de Doria, governador do estado de São Paulo, disse ser favorável à retomada da votação nesta semana, enquanto Leyte, o governador do Rio Grande do Sul, quer que seja adiada até fevereiro.
O partido disse em um comunicado que decidirá quando retomar a votação em uma reunião no final do domingo.
O PSDB governou o Brasil de 1995-2002 durante os dois períodos de Cardoso que modernizaram a economia e iniciaram programas de bem-estar social que foram posteriormente continuados por governos de esquerda.
O papel do partido na política brasileira diminuiu desde então, e agora ele ocupa a metade das cadeiras que ocupava há uma década no Congresso brasileiro.
Nas eleições de 2018, vencidas pelo presidente de extrema direita Jair Bolsonaro, o candidato do Partido Social-democrata, Geraldo Alckmin, obteve apenas 4,8% dos votos.
O partido, que mudou para a direita desde a posse, espera aumentar seu perfil selecionando um candidato que poderá ser um substituto intermediário em 2022 para Bolsonaro e o ex-presidente de esquerda Luís Inácio Lula da Silva, que teve uma vantagem confortável em primeiras pesquisas de opinião, embora ele ainda não tenha anunciado sua candidatura.
(Reportagem de Anthony Buddle; Edição de Peter Cooney)
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