Presidente do Banco do Brasil renuncia após discussão com Bolsonaro sobre plano de austeridade para fechamento de 200 agências – MercoPress

Presidente do Banco do Brasil renuncia após discussão com Bolsonaro sobre plano de austeridade para fechamento de 200 agências

Sex, 19 de março de 2021 – 09:10 UTC

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A medida, anunciada em janeiro, foi bem recebida pelos investidores, mas irritou Bolsonaro ao dizer que o banco precisava
A medida, anunciada em janeiro, foi bem recebida pelos investidores, mas irritou Bolsonaro ao dizer que o banco precisava de um “aspecto social”.
A empresa disse em um documento regulatório que Andre Brandau renunciou ao cargo de CEO do Banco do Brasil, o segundo maior banco do país em ativos.
A empresa disse em um documento regulatório que André Brandau renunciou ao cargo de CEO do Banco do Brasil, o segundo maior banco do país em ativos.

O presidente-executivo do banco estatal brasileiro renunciou na quinta-feira após o colapso no início deste ano, junto com o presidente Jair Bolsonaro, por causa de uma campanha de austeridade. A empresa disse em um documento regulatório que Andre Brandau renunciou ao cargo de CEO do Banco do Brasil, o segundo maior banco do país em ativos.

Sua saída ocorre semanas depois que o chefe da estatal gigante do petróleo Petrobras foi demitido por deixar os preços dos combustíveis subirem.
Brandão, que terminou mais de duas décadas no HSBC Holdings Plc para adquirir o Banco do Brasil em setembro passado, lançou um plano para fechar cerca de 200 agências e deixar mais de 5.000 funcionários para simplificar as operações e economizar milhões de dólares até 2025.

A medida, anunciada em janeiro, foi bem recebida pelos investidores, mas rapidamente irritou o presidente de extrema direita, com Bolsonaro dizendo que o banco precisava de um “aspecto social”.

O confronto alimentou especulações de que Brandau estava de saída, mas planejava esperar que o governo anunciasse um sucessor antes de renunciar. Depois de dois meses, cansado de esperar, ele simplesmente desistiu.

Pouco depois do anúncio da renúncia, o governo nomeou Fausto Ribeiro, chefe-executivo de uma unidade menor do banco, para substituir Brandau, informou o Ministério da Economia em nota.

Ribeiro está no banco desde 2000, de acordo com sua página no LinkedIn, tendo passado um breve período no Argentine Banco Patagonia, controlado pelo Banco do Brasil, em representação do banco brasileiro em 2010.

A destituição de presidentes de empresas estatais levanta dúvidas de que a agenda favorável aos negócios de Bolsonaro possa ser recuperada antes da eleição presidencial de 2022, e se seu chefe da economia, Paulo Guedes, permanecer ao seu lado por muito mais tempo. O ministro treinado em Chicago estava tentando acalmar os temores dos investidores com promessas de responsabilidade fiscal, mas os mercados despencaram após a última inclinação populista do governo.

Os investidores já previam mudanças no chefe do banco estatal. No início de fevereiro, as ações do Banco do Brasil foram rebaixadas para neutro no JPMorgan Chase & Co devido aos riscos para os esforços de corte de custos do banco em meio a ruído político.

A ação caiu 22% desde o início do ano, ante queda de 3,5% do Ibovespa. No ano passado, Brandão substituiu Robbem Novaes, o primeiro CEO do Banco do Brasil indicado por Bolsonaro, que renunciou.

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