Portugal acaba com avaliações ambientais obrigatórias para projetos de hidrogénio verde

O primeiro-ministro português, António Costa, disse que Portugal quer acelerar os investimentos em projetos de hidrogénio verde, essenciais para a descarbonização da economia, e que terminará as avaliações ambientais obrigatórias para os mesmos em março de 2023.

Portugal espera se tornar um grande produtor e exportador de hidrogênio verde, com 70 investidores privados ou grupos planejando gastar 10 bilhões de euros (US$ 10,51 bilhões).

Costa disse que a medida faz parte de um pacote para desburocratizar, que também acaba com as avaliações ambientais obrigatórias para usinas solares com área inferior a 100 hectares e para parques eólicos com torres a mais de dois quilômetros de distância.

Os ambientalistas criticaram o chamado pacote Simplex porque poderia ter impactos na natureza e no bem-estar dos moradores.

O hidrogênio verde, que é produzido usando energia solar e eólica, pode ser uma importante fonte de energia que pode reduzir a poluição causada pelo transporte pesado de longa distância, indústrias siderúrgicas e químicas.

“Não será necessário um Estudo de Impacto Ambiental e Licenciamento Ambiental (porque) queremos criar melhores condições para o investimento na produção de hidrogénio verde, que é fundamental para acelerar a transição energética e descarbonização da economia”, afirmou na noite de quarta-feira.

O atual processo de licenciamento ambiental, disse, “tem uma carga burocrática, que aumenta os custos contextuais e limita os investimentos”.

A ONG ativista Jyota disse que o pacote Simplex pode “causar grandes danos ao meio ambiente”.

Ela acrescentou que o fim das avaliações ambientais era particularmente perigoso porque “poderia levar ao desenvolvimento de grandes novas usinas solares fotovoltaicas”.

Portugal espera que seu forte foco em energia eólica e solar de baixo custo permita a produção de hidrogênio e outros gases renováveis ​​a preços competitivos.

Em Portugal, 60% do consumo de eletricidade provém de fontes renováveis, e o governo quer que essa parcela chegue a 80% até 2026.

O maior benefício EDP em Portugal (EDP.LS) e a empresa de petróleo e gás Galp Energia (GALP.LS) Ambos pretendem construir centrais de hidrogénio verde no pólo industrial de Sines.

Os três maiores produtores de vidro e os dois maiores fabricantes de cimento, que juntos respondem por 10% das emissões industriais de carbono do país, também se juntaram a um novo consórcio para lançar uma usina de hidrogênio verde.

(US$ 1 = 0,9511 euros)

(Reportagem de Sergio Gonçalves) Edição de Angus MacEwan

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