Portugal abre processo disciplinar sobre cidadania de Abramovich

LISBOA (Reuters) – Uma investigação sobre a concessão de cidadania portuguesa ao oligarca russo Roman Abramovich levou à abertura de processos disciplinares contra funcionários envolvidos na operação, informou a agência de notícias Lusa nesta terça-feira.

O bilionário russo recebeu a cidadania portuguesa em abril de 2021 com base em uma lei que concede a cidadania a descendentes de judeus sefarditas que foram expulsos da Península Ibérica durante a Inquisição medieval. Consulte Mais informação

Não há história conhecida de judeus sefarditas na Rússia, embora Abramovich seja um sobrenome comum de ascendência judaica Ashkenazi.

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A investigação do Instituto de Registros e Notariados (IRN), que fornece serviços de cidadania e passaporte, começou em janeiro em meio a críticas de alguns ativistas, comentaristas e políticos que disseram que a lei deveria ser revisada por acreditarem que estava sendo usada pela oligarquia russa para ganhar uma posição na União Europeia.

O IRN, que não respondeu de imediato a um pedido de comentário da Reuters, disse à Lusa que após a investigação inicial, tinha sido instaurada uma ação disciplinar mas disse que os seus detalhes eram confidenciais.

Não mencionou o número de funcionários visados.

Uma segunda investigação sobre a cidadania de Abramovich foi aberta em janeiro pelo Ministério Público português e ele pode ser destituído de sua cidadania dependendo das descobertas.

Na semana passada, um rabino responsável por emitir um documento necessário para obter a cidadania foi preso. Consulte Mais informação

Abramovich estava entre vários bilionários russos adicionados na terça-feira a uma lista negra da UE depois de terem sido alvo de sanções britânicas na semana passada. Consulte Mais informação

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Abramovich, dono do clube de futebol inglês Chelsea, voou para Moscou em seu jato particular na terça-feira. Consulte Mais informação

Na terça-feira, o ministro das Relações Exteriores de Portugal, Augusto Santos Silva, disse que Portugal implementaria medidas restritivas contra os oligarcas da Rússia acordadas no nível da UE, mesmo que os sancionados pelo bloco sejam cidadãos portugueses.

“Estas sanções são apoiadas pelas autoridades portuguesas e (serão) aplicadas com rigor”, disse Santos Silva ao parlamento.

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Reportagem adicional de Catarina Damon, Sergio Gonçalves e Patricia Roa. Edição por Edmund Blair e Sandra Mahler

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