HOUSTON (Reuters) – A Petrobras, produtora brasileira de petróleo (PETR4.SA) Na quarta-feira, revelou um aumento de 15% em seu plano de gastos de cinco anos, para US$ 78 bilhões, com uma ligeira mudança na estratégia da empresa de focar na produção de combustíveis fósseis.
O último negócio da Petrobras aprovado pelo presidente Jair Bolsonaro pode ser descartado no próximo ano, já que o governo recém-eleito que toma posse em 1º de janeiro sinalizou que vai sacudir a alta administração da empresa e rever sua estratégia.
A Petroleo Brasileiro SA, como a empresa é oficialmente conhecida, disse que expandiu os investimentos planejados entre 2023 e 2027 em US$ 10 bilhões em comparação com o plano 2022-2026.
O aumento dos gastos ocorre apesar de reduzir sua meta de produção para 2023 de 100.000 barris de óleo equivalente por dia (boed) para 2,6 milhões boed, o mesmo que produziu em 2015. Os custos mais altos de perfuração de poços explicam em parte o investimento adicional.
A empresa também aprovou perfurações adicionais de curto prazo para projetos existentes acima de US$ 35 por barril para o longo prazo da empresa.
A exploração e produção representarão 83% dos gastos, com a produção aumentando para 3,1 milhões de barris até 2027.
A Petrobras ampliou seus investimentos para reduzir as emissões de carbono de 4% para 6% do total. Também mais que dobrou o fundo de remoção de carbono para cerca de US$ 600 milhões.
A empresa estabeleceu um preço mais alto para o carbono – US$ 90 por tonelada, contra US$ 50 antes -, o que amplia a lista de projetos sujeitos a aprovação.
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, que substituiu Bolsonaro em 1º de janeiro, disse que a Petrobras deve investir além dos combustíveis fósseis e voltar a ser a gigante energética que foi durante seus dois primeiros mandatos, de 2003 a 2010.
A equipe de energia de Lula disse na quarta-feira que o plano de negócios pode ser revisto no ano que vem. Representantes do presidente eleito se reuniram esta semana com o presidente da Petrobras, Caio Paes de Andrade, e pediram que ele suspendesse a venda da refinaria de Manaus da Petrobras, que já foi assinada, mas está em processo de fechamento.
Pessoas familiarizadas com as informações disseram que a administração da Petrobras planeja prosseguir com a venda. Os desinvestimentos foram estimados entre US$ 10 bilhões e US$ 20 bilhões até 2027.
Lula deve tomar uma decisão sobre o próximo CEO da Petrobras em meados de dezembro. No entanto, o atual CEO Andrade, que foi nomeado por Bolsonaro em junho passado, está preparado para permanecer até o final de seu mandato em abril, segundo pessoas a par do assunto.
(Reportagem de Sabrina Valli) Edição de Chris Reese, Grant McCall e Jerry Doyle
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