O primeiro-ministro interino da Armênia clama vitória com um partido que lidera no início das eleições parlamentares

  • Pashinyan espera uma “maioria disfarçada”
  • O governo está sob pressão desde a guerra de Nagorno-Karabakh no ano passado
  • A taxa de participação final foi de 49,4%.

MOSCOU (Reuters) – O primeiro-ministro interino da Armênia, Nikol Pashinyan, declarou vitória em uma eleição parlamentar no domingo, depois que seu partido avançou para o contrato civil logo após a contagem dos votos.

Com 30% dos resultados anunciados, a agência de notícias RIA relatou, citando a Comissão Central de Eleições (CEC), que o partido de Pashinyan recebeu 58,52% dos votos, em comparação com 18,56% da coalizão Armênia do ex-presidente Robert Kocharyan.

“Nem todos os votos foram contados ainda, mas está claro que obteremos uma maioria convincente”, disse Pashinyan, segundo a Interfax, na madrugada de segunda-feira.

A mídia do Sputnik informou que o bloco de Kocharyan questionou a credibilidade dos resultados iniciais.

As pesquisas de opinião pesaram em ambos os partidos em eleições antecipadas convocadas pelo governo para tentar acabar com a crise política que eclodiu depois que as forças étnicas armênias perderam uma guerra de seis semanas contra o Azerbaijão no ano passado e cederam terras dentro e ao redor de Nagorno-Karabakh. Área.

Desde então, Pashinyan está sob pressão, com protestos de rua regulares pedindo que ele renuncie aos termos do acordo de paz que encerrou o conflito. Sob o acordo, intermediado pela Rússia, o Azerbaijão recuperou o controle dos territórios que havia perdido durante a guerra no início dos anos 1990.

O próprio Pashinyan descreveu o acordo como um desastre, mas disse que precisava assiná-lo para evitar mais perdas humanas e territoriais.

Quem formar a maioria no Parlamento do Cáucaso Meridional tem o direito de eleger o primeiro-ministro que for nomeado pelo presidente.

A RIA, citando a Procuradoria-Geral da República, informou que houve 319 denúncias de irregularidades na votação. A Comissão Eleitoral Central disse que as eleições estavam em grande parte de acordo com as normas legais.

O Ministério da Defesa rejeitou as alegações de que os soldados estão sendo forçados a votar, dizendo que a votação dos recrutas em grupos tem sido sistematicamente benéfica e que continua a monitorar o processo de votação.

A RIA relatou uma participação nacional de 49,4% quando as pesquisas foram encerradas às 16h GMT.

interesse internacional

A Armênia, que abriga uma base militar russa, é aliada próxima de Moscou, embora Pashinyan, que assumiu o poder em meio a protestos de rua e uma agenda anticorrupção em 2018, tenha relações ainda mais frias com o Kremlin.

A Turquia, que apoiou o Azerbaijão no conflito do ano passado, também estará observando de perto.

Kocharyan nasceu em Nagorno-Karabakh. Este enclave é reconhecido internacionalmente como parte do Azerbaijão, mas há muito tempo é reivindicado por seus residentes de origem armênia.

Kocharyan foi presidente da Armênia de 1998 a 2008 e foi acusado de agir ilegalmente quando impôs o estado de emergência em março de 2008, após uma eleição contestada. Pelo menos 10 pessoas foram mortas nos confrontos que se seguiram entre a polícia e os manifestantes.

Em uma entrevista recente ao canal de TV russo RT, Kocharyan acusou a liderança armênia de inação durante a guerra do ano passado e prometeu iniciar negociações na fronteira de Nagorno-Karabakh se ele chegasse ao poder.

Reportagem adicional de Alexandre Marrow. Edição de Mark Heinrich

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