O lobby das aves no Brasil vê pouco risco de uma proibição de exportação em todo o país por causa da gripe aviária

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Escrito por Ana Manu

SÃO PAULO (Reuters) – A revisão dos acordos comerciais com a maioria dos parceiros comerciais do Brasil, incluindo a China, torna improvável que o maior fornecedor mundial de frango imponha uma proibição nacional às exportações se o vírus que causa a gripe aviária patogênica (HPAI) infectar lotes comerciais. .

Ricardo Santin, chefe de um grupo que representa empresas como JBS e BRF, disse à Reuters que os acordos com parceiros comerciais devem limitar quaisquer restrições à exportação a áreas geográficas menores.

No entanto, os detalhes do protocolo bilateral de saneamento de 2004 com a China, o maior comprador de frango do Brasil no ano passado, podem causar algum desconforto para os exportadores.

O protocolo, que o Ministério da Agricultura disse ainda estar em vigor, exige que Pequim seja notificada imediatamente sobre doenças epidêmicas e impõe proibições nacionais e locais temporárias, dependendo do tipo de doença que ameaça a saúde das aves.

Ele também afirma que a carne exportada deve vir de fazendas que estão livres de quaisquer restrições de doenças aviárias por 12 meses.

Santin se recusou a dizer como Pequim e Brasília devem aplicar o protocolo de 2004 no caso de um surto no rebanho comercial do Brasil.

Esta semana, a gripe aviária de alta patogenicidade foi detectada em aves silvestres no Rio Grande do Sul, elevando o risco de infecção em granjas avícolas, altamente concentradas no sul do Brasil. O Rio Grande do Sul embarca 16% das exportações brasileiras de frango.

O Brasil registrou 19 surtos de GAAP em aves silvestres em todo o país este ano.

Santin disse que o Brasil começou a renegociar os protocolos de saúde em 2021 com cerca de 70% dos mercados externos.

Ele disse que a maioria dos clientes brasileiros aceita, em princípio, a possibilidade de criar uma “área de contenção” para fins comerciais, com base nas diretrizes da Organização Mundial de Saúde Animal (WOAH).

Ele disse que essas práticas, porém, podem não satisfazer compradores como Japão, México e África do Sul, que não revisaram acordos com o Brasil.

WOAH descreve as melhores práticas para “zonear” e dividir as infecções altamente patogênicas da gripe aviária em áreas específicas de alto risco, a fim de aliviar as restrições em nível nacional, permitindo que os países continuem vendendo e exportando aves.

Os Estados Unidos, que rivalizam com o Brasil nos mercados de exportação de aves, estavam enfrentando surtos de HPAI, mas continuaram embarcando os produtos.

A produção de perus e ovos nos Estados Unidos caiu 6% e 2%, respectivamente, em 2022, quando a gripe aviária dizimou os rebanhos. No entanto, as exportações totais de carne de frango aumentaram 3% em volume e 14% em valor, pois os acordos comerciais revisados ​​afrouxaram as restrições comerciais em comparação com o surto recorde anterior de gripe aviária nos EUA em 2015.

(Reportagem de Ana Manu; Reportagem adicional de Tom Polancic em Chicago; Edição de Brad Haynes e Margarita Choi)

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