Bolsonaro presidirá as comemorações do bicentenário da independência algumas semanas antes das eleições nacionais em outubro.
Na terça-feira (AEST), ele prometeu aceitar os resultados das eleições em uma tentativa de conquistar eleitores moderados, mesmo enquanto continua a levantar questões sobre a integridade das urnas eletrônicas do país.
A entrevista de 40 minutos ao programa de televisão mais assistido do país foi extensa, com perguntas sobre a relação conturbada do presidente com o Supremo, sua resposta à pandemia, suas políticas ambientais e econômicas, além das recentes denúncias de corrupção no país. seu governo.
Quando perguntado se respeitaria o resultado, o presidente repetiu alegações infundadas de fraude eleitoral anterior antes de responder que aceitaria o resultado “desde que a votação seja limpa e transparente”. Depois que o apresentador do programa insistiu na pergunta, ele disse: “Vamos acabar com isso? Está resolvido, vamos para outra pergunta. Respeitaremos o resultado da votação”.
O presidente de direita, que sucedeu o líder de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva nas principais pesquisas de opinião, também buscou reduzir os confrontos com ministros do Supremo que permitiram investigações contra ele e seus aliados por supostamente espalharem notícias falsas sobre o sistema eleitoral.
“Esses dias estão tranquilos”, disse ele. “Espero que tenhamos virado essa página.”
Buscando incrementar sua campanha e comer na frente do placar, a decisão de Bolsonaro de sentar para uma entrevista ao vivo na TV Globo Jornal Nacional É algo como uma aposta. Desde sua eleição em 2018, ele brigou com o radialista, apresentador, William Bonner e grande parte da mídia brasileira, então ele não esperava uma recepção calorosa.
No entanto, seis semanas após a eleição, um bom desempenho em questões difíceis diante de uma audiência nacional poderia, sem dúvida, dar um impulso à campanha do titular.
Horas antes da entrevista, a equipe e aliados de Bolsonaro já estavam mobilizando apoiadores nas redes sociais, com o presidente desfrutando de uma audiência muito maior do que seu principal oponente, pedindo aos seguidores que assistissem à entrevista, mas trocassem de canal assim que terminasse.
Por sua vez, os opositores também usaram as redes sociais para mobilizar os críticos de Bolsonaro a bater em panelas durante a entrevista, uma técnica de “dumping” comum nos subúrbios densamente povoados, para mostrar seu descontentamento com o líder.
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Após a entrevista, Bolsonaro postou nas redes sociais um trecho da entrevista, durante o qual disse ter encontrado o Brasil em uma “situação crítica” em 2019, antes de enfrentar a pandemia, a seca e a guerra na Ucrânia.
“Fizemos de tudo para que o povo brasileiro sofresse o mínimo possível.”
Reuters, Bloomberg
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