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BRASÍLIA (Reuters) – O ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes, disse nesta terça-feira que a atualização frequente dos preços dos combustíveis para a estatal Petrobras (PETR4.SA) pode não ser a “melhor ferramenta” para a economia e os consumidores.
Falando em uma audiência do comitê do Senado, ele enfatizou que os preços do petróleo estão atualmente no mesmo nível que estavam em fevereiro e que a empresa pode ter “exagerado” suas atualizações de preços.
“Se hoje (Brent) estava 103 (dólares) e há cinco meses estava 103, essa atualização rápida pode não ser a melhor ferramenta”, disse.
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Desde 2018, a Petrobras define os preços dos combustíveis domésticos em linha com os preços internacionais. Essa política protegeu a empresa da necessidade de apoiar os brasileiros na bomba, mas provou ser politicamente controversa.
Em uma declaração de valores mobiliários na terça-feira, a Petrobras disse que em 2022 fez reajustes de preços “em um ritmo inferior ao visto na bomba, que é influenciado pela dinâmica de muitos players do mercado”.
A petroleira renovou seu compromisso com preços competitivos, acrescentando que evita a transição imediata dos preços dos clientes para subir devido às flutuações nos mercados globais de petróleo e nas taxas de câmbio.
Durante a audiência, Guedes reconheceu que a atual política de preços da empresa “sem dúvida” ajudou na recente recuperação financeira.
Geddes também disse que o pacote de gastos apoiado pelo governo, que está prestes a ser aprovado pela Câmara dos Deputados, não pretende tornar o petróleo mais barato para todos usarem quando o mundo enfrentar uma transição energética mais verde.
O principal pacote pré-eleitoral, que custará cerca de R$ 40 bilhões (US$ 7,38 bilhões), está relacionado à transferência de renda para os pobres, disse Guedes, acrescentando que não afetará o resultado fiscal do Brasil em 2022 em meio ao recente aumento da receita tributária .
Além do pacote, o governo também reduziu os impostos federais sobre combustíveis e apoiou um projeto de lei já aprovado no Congresso para cortar impostos estaduais.
Analistas viram as medidas como uma forma de o presidente Jair Bolsonaro aumentar sua popularidade enquanto lidera as pesquisas de opinião para as eleições de outubro em meio à inflação de dois dígitos no Brasil.
(1 dólar = 5,4172 riais)
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(Relatório Marcela Ayres). Edição por Andrew Heavens, Margarita Choi e Aurora Ellis
Nossos critérios: Princípios de Confiança da Thomson Reuters.