Ministro da Defesa brasileiro diz que militares não estão diretamente envolvidos nos distúrbios em Brasília

BRASÍLIA (Reuters) – O ministro da Defesa do Brasil, José Museo, disse nesta sexta-feira que as Forças Armadas do país não estavam diretamente envolvidas nos distúrbios de apoiadores do ex-presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro, que invadiram prédios do governo para exigir um golpe.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou os militares por não agirem para impedir os distúrbios em 8 de janeiro, uma semana após a posse, e disse que eles não forneceram ao seu governo informações sobre a rebelião iminente.

Moussiou se reuniu na sexta-feira com Lula e os líderes das Forças Armadas, com o objetivo de amenizar as tensões. O ministro disse que os motins não foram discutidos e que o encontro se concentrou em planos de compras militares e investimentos na indústria de defesa brasileira na presença de empresários.

“Entendo que não houve envolvimento direto das forças armadas, mas se alguém esteve pessoalmente envolvido (nos distúrbios), será investigado”, disse Moussiou a repórteres após a reunião.

Ele disse que as investigações e punições daqueles que vandalizaram prédios do governo seriam justas.

Mousiou disse que o ataque ao prédio do governo não acontecerá novamente, “porque as forças armadas o esperam”.

Na semana passada, Lula disse suspeitar de conluio de “membros das forças armadas” e questionou como poderia confiar sua segurança pessoal aos militares após o motim.

Nesta semana, o gabinete de Lula disse que havia retirado oficiais do Exército de suas declarações de segurança, e a Polícia Federal os substituiria.

Anteriormente, a polícia realizou buscas em cinco estados brasileiros e na capital, Brasília, visando pessoas suspeitas de envolvimento nos ataques.

Reportagem de Ricardo Brito; Editado por Bill Berkrot

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