Ministro britânico pode se juntar ao fundo Amazônia para ajudar o Brasil a controlar o desmatamento

BRASÍLIA (Reuters) – O Reino Unido está considerando ingressar no fundo de US$ 1 bilhão da Amazônia reaberto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para financiar a sustentabilidade na floresta tropical, disse a secretária do Meio Ambiente, Therese Coffey.

“É algo pelo qual estamos ansiosos”, disse Coffey à Reuters na segunda-feira em Brasília, onde compareceu à posse de Lula no domingo.

Ela disse que o governo britânico já está conversando com os atuais parceiros do fundo, Noruega e Alemanha, que doaram US$ 1,2 bilhão para estabelecer a iniciativa, sobre como se envolver.

O fundo foi congelado pelo ex-governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro, alegando irregularidades entre projetos executados por ONGs sem fornecer nenhuma evidência.

Uma das primeiras decisões de Lula no cargo foi reverter as políticas de Bolsonaro que reduziram a proteção ambiental e ajudaram a desmatar florestas que atingiram o maior nível em 15 anos, incluindo uma medida que incentivou a mineração em terras indígenas protegidas.

Lola também reabre a caixa da Amazon.

Coffey disse que a Grã-Bretanha tem muito a oferecer ao Brasil, desde programas de sustentabilidade rural e engenharia de baixo carbono para ajudar a mobilizar dinheiro com sua força como um centro global de finanças verdes.

Ela disse que a Grã-Bretanha já é o terceiro maior colaborador do Brasil no meio ambiente, comprometendo mais de £ 250 milhões de seu fundo piloto internacional.

Coffey se reuniu com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o ministro da Agricultura, Carlos Favaro, e a ministra do Índio, Sonia Guajara.

As comunidades indígenas foram duramente atingidas pela mineração ilegal que progrediu junto com o desmatamento na Amazônia sob o governo de Bolsonaro.

“Vejo um desejo e determinação para mudar isso”, disse ela.

Coffey acrescentou que o governador do Pará, Helder, Barballo, a convidou para visitar seu vasto estado amazônico para ver os projetos na floresta tropical, que ela nunca havia experimentado antes.

“Espero que seja uma mudança de vida”, disse ela.

(Reportagem de Anthony Bodel) Edição de Alex Richardson

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