Mercados Emergentes – Real cai para seu nível mais baixo em um mês com a persistência de tensões políticas

6 de julho (Reuters) – O real brasileiro caiu para a maior baixa de um mês na terça-feira, já que as preocupações persistiam com os escândalos de corrupção do país, enquanto a maioria das outras moedas latino-americanas enfraqueceu enquanto o dólar parecia interromper a recente queda. O rial caiu 1,3 por cento para uma baixa de um mês de 5,1567 por dólar, estendendo as perdas pela sexta sessão consecutiva. O relatório de segunda-feira implicou o presidente brasileiro Jair Bolsonaro em um esquema para retirar os salários de seus assessores quando ele era um deputado federal, enquanto retransmitia que um advogado que representava Bolsonaro negou qualquer irregularidade. No fim de semana, a Suprema Corte aprovou uma investigação sobre um acordo de vacina. Os brasileiros também estão protestando para que Bolsonaro seja responsabilizado por seu alegado manejo incorreto da pandemia COVID-19, enquanto sua popularidade está em declínio constante. As altas expectativas de inflação no país lançam algumas dúvidas sobre a recuperação econômica pós-COVID neste ano, mesmo com a melhora do ânimo. O governo brasileiro estendeu na segunda-feira o programa de apoio em dinheiro COVID-19 para famílias pobres. As perdas recentes do rial custaram-lhe o título de moeda de mercado emergente com melhor desempenho neste ano. Mas com o banco central do Brasil se preparando para aumentar as taxas de juros de forma acentuada em sua próxima reunião, o real pode encontrar algum suporte como destino para o carry trade, graças aos rendimentos relativamente altos. O peso mexicano, que estava estável na terça-feira, também deve se beneficiar de um aumento da taxa de juros no carry trade, após uma alta surpresa do banco central no mês passado. “Os mercados podem estar preparados para um verão tranquilo em termos de volatilidade, quando as carry trades podem surgir como uma estratégia atraente”, escreveram analistas do ING em uma nota. “Nesse sentido, podemos ver as moedas de maior rendimento (especialmente aquelas apoiadas por bancos centrais hawkish) superar as moedas de rendimento mais baixo nas próximas semanas.” O peso chileno caiu 0,7%, enquanto o peso colombiano caiu 0,8%, com a estabilização do dólar americano após as perdas recentes. Os investidores estão agora observando as atas da última reunião do Federal Reserve no final da semana, depois que a distorção inesperada do banco elevou os ativos movidos a risco. As ações da América Latina também caíram, com o índice de ações regional MSCI atingindo a maior baixa de um mês. As ações mexicanas tiveram o pior desempenho do dia, caindo mais de 1%. As preocupações sobre a interferência do governo no setor privado aumentaram depois que o estado escolheu a estatal Pemex para realizar uma grande descoberta conjunta de petróleo sobre o consórcio privado liderado pela empresa petrolífera dos Estados Unidos que primeiro o descobriu. Índices de ações da América Latina e principais moedas: última mudança diária nos mercados emergentes MSCI 1346,94 -0,56 MSCI LatAm 2548,49 -2 Brasil Bovespa 126174,49 -0,59 México IPC 49946,35 -1,2 Chile IPSA 4276,89 -0,25 Argentina MerVal – – Colômbia COLCAP 1285,59 -0,29 Últimas moedas diárias Variação percentual no Brasil Real 5,1567 -1,34 Peso mexicano 19,8696 -0,11 Peso chileno 740,45 -0,64 Peso colombiano 3771 -0,85 Peso peruano 3,9311 -0,24 Peso argentino 95,9100 -0,01 (Interbancário) (Reportagem de Ambarick; Edição de Philippa Fletcher)

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