Medicina como um negócio político – The European Sting – Notícias críticas e percepções sobre política, economia, relações exteriores, negócios e tecnologia europeias

(crédito: Unsplash)

Este artigo foi escrito exclusivamente para ferrão europeu Escrito por dona Gabriela Caroline Andreoni, 21 anos, estudante do quinto ano de medicina da Universidade Federal de Mato Grosso, no interior do Brasil. É filiado à Federação Internacional de Associações de Estudantes de Medicina (IFMS).IFMSA), o parceiro amigável de The Sting. As opiniões expressas neste artigo são dos autores e não refletem necessariamente a visão da IFMSA sobre o assunto, nem a do The European Sting.


Universalidade, integridade e equidade são os três princípios básicos consagrados no sistema de saúde brasileiro. Garantido pela Constituição Federal de 1988, garante o Sistema Único de Saúde (SUS), uma complexa rede de serviços e políticas de saúde, desde o acompanhamento da saúde até o tratamento de doenças raras, gratuitamente e para toda a população.

Ainda que fosse ideal para moldar o Brasil sem desigualdade, o que o SUS enfrenta hoje é a loteria de um país onde os ricos ficam cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres, perdendo todos em saúde.

A inflação acumulada nos últimos 12 meses é estimada em 7,7% no Brasil (1), o que tem levado à diminuição do poder de compra das famílias e ao aumento da insegurança alimentar grave, que atinge cerca de 15,5% da população no brasil. país este ano (2). Com a necessidade de forragem, os alimentos industrializados mais baratos passaram a ter prioridade sobre os alimentos in natura entre os mais pobres da população. Isso leva à desnutrição e a um menor potencial de saúde entre os jovens. O número de crianças com excesso de peso aumentou no último ano (3), o número de pessoas com magreza acentuada também aumentou (4), e as internações de pessoas até 14 anos devido ao diabetes atingiram um recorde em 2021 (5 ).
À medida que aumentam os problemas de saúde relacionados à pobreza, o orçamento de saúde do governo federal diminui. Segundo a “Lei Orçamentária Anual de 2023” (6), a saúde no Brasil terá o menor orçamento dos últimos dez anos no ano que vem. Os cortes vão desde a assistência à saúde aborígine até o fornecimento de medicamentos gratuitos de alto e baixo custo, e uma quebra completa da universalidade, integração e equidade na saúde.

A luta política e social pela sustentabilidade dos princípios é o que acontece com os estudantes de medicina. O envolvimento social dos estudantes de medicina na defesa da saúde para todos no Brasil é antigo. A “Reforma Sanitária” e a criação do SUS são um legado da expressão pública de grupos da sociedade civil, incluindo sociólogos, políticos, médicos e estudantes, que tentaram construir uma nova possibilidade de vida dentro da ditadura militar na década de 1970.

É preciso aprender, durante a graduação – período em que há a possibilidade de dedicar tempo apenas aos estudos de saúde – sobre a composição política e econômica do sistema de saúde brasileiro. A partir disso, o estudante de medicina pode entender quais são as políticas públicas de saúde do país e em que nível elas se encontram, podendo reivindicar de forma mais efetiva a primazia de algumas e evitar o rompimento de outras.

Se tomarmos como exemplo a questão da insegurança alimentar infantil no Brasil, vinculamos como prioridade a Política Pública de Atenção Integral à Saúde da Criança, a Política Pública de Alimentação e Nutrição e a Política Pública de Atenção às Doenças Crônicas Não Transmissíveis – os dois últimos com o corte orçamentário para 2023. Obter essas informações e incorporá-las ao Ativismo como sanitarista faz da medicina um ato político e abre as portas para um Brasil menos desigual no futuro.

Referências

(1): Instituto Brasileiro de Geografia e Estética. Inflação Brasil, IBGE. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/explica/inflacao.php (Acesso: 24 de outubro de 2022).
(2): Olhe para a fome. Disponível em: https://olheparaafome.com.br/ (Acesso: 24 de outubro de 2022).
(3): Obesidade como DCNT. Disponível em: https://rezendelfm.github.io/obesidade-e-as-dcnt/ (Acesso: 24 de outubro de 2022).
(4): Magreza e Obesidade Infantil pioram no país. Vikim Sabendo. Disponível em: https://fiquemsabendo.com.br/saude/magreza-obesidade-brasil/ (Acesso: 24 de outubro de 2022).
(5): “Espoca-bucho” com salsicha, Receita Pra Ficar Doente de Comida. Revista Piauí. Disponível em: https://piaui.folha.uol.com.br/espoca-bucho-salsicha-receita-ficar-doente-de-comida/ (Acesso: 24 de outubro de 2022).
(6): Calendário Anual de 2023. Ministério da Economia. Governador Federal. Disponível em: https://www.gov.br/economia/pt-br/assuntos/planejamento-e-orcamento/orcamento/orcamentos-anuais/2023 (Acesso: 24 de outubro de 2022).

Sobre o autor

Gabriela Caroline Andreoni é uma mulher de 21 anos e estudante do quinto ano de medicina da Universidade Federal de Mato Grosso, no interior do Brasil. Eles são feitos de curiosidade e tocados pela sensibilidade nas relações sociais. Por esse motivo, você participa de todos os suplementos da faculdade que encontra e reserva um tempo para fazer pesquisas entre os semestres. Você acredita e busca um sistema de saúde integral, gratuito e de qualidade.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *