Lula anuncia os últimos ministros, o maior número de ministras da história do Brasil

São Paulo, Brasil – O presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou os últimos 16 ministros que formarão seu governo quando ele tomar posse no domingo. Os ministros incluem apoiadores e não apoiadores do novo presidente, e seu governo promove a maior representação feminina entre os ministros da história brasileira.

Algumas das nomeações são vistas como acomodações para os partidos políticos que formarão sua base parlamentar no Congresso. Entre os 37 ministros de Lula estão integrantes de nove partidos políticos – alguns de esquerda que o apoiaram na campanha eleitoral, mas também de partidos de centro, que não estiveram do lado do eleito nos últimos meses, mas demonstraram apoio para ele. A partir de 2023. Onze ministros não têm filiação partidária.

O ex-candidato presidencial Simon Tebbit, que concorreu contra Lula no primeiro turno e o apoiou no segundo, foi nomeado ministro do Planejamento e Orçamento, além de integrar a equipe econômica do novo governo.

Consulte Mais informação: Simon Tebbit: Possível candidato da ‘Terceira Via’ para brasileiros frustrados com Bolsonaro e Lula?

Futuro Ministro da Economia Fernando Haddad, Presidente eleito Lula e futura Ministra do Planejamento e Orçamento Simone Tebbit. Imagem cortesia de PT/Youtube

Marina Silva, política e ambientalista, foi nomeada Ministra do Meio Ambiente, cargo que pode ser observado de perto pela comunidade internacional ansiosa por levar o Brasil de volta à mesa de negociações sobre mudanças climáticas. Silva já chefiou o ministério de 2003 a 2008.

Sonia Guajara, mulher indígena e deputada no Congresso, foi nomeada primeira ministra dos Assuntos Indígenas do Brasil. O anúncio do novo ministério foi recebido com cauteloso otimismo pelos protetores indígenas do Brasil.

Consulte Mais informação: O futuro da Funai (parte dois): o que funcionários da Funai e protetores indígenas esperam do próximo governo do Brasil

Lula também indicou os ministros dos Transportes, Turismo, Previdência Social, Minas, Energia, Cidades, Pesca, Comunicações, Agricultura e Pecuária.

Ele também ressuscitou o Ministério do Esporte, que passou a ser secretário do Ministério da Cidadania durante o governo do presidente Jair Bolsonaro. Para os ministros, o presidente eleito indicou a ex-estrela do vôlei e medalhista olímpica Anna Moser. Ela será a primeira mulher a chefiar o Ministério do Esporte desde sua criação na década de 1990. Outros brasileiros famosos, incluindo a lenda do futebol Pelé, assumiram o papel.

A ex-ministra do vôlei e futura ministra dos Esportes, Anna Moser, apoiou Lula durante sua campanha eleitoral. Imagem cortesia de Anna Moser Twitter

O próximo governo de Lula quebrou um recorde ao nomear 11 ministras em seu gabinete.

“Estou feliz porque nunca na história do Brasil tivemos tantas ministras”, disse Lula, acrescentando que o país nunca teve “uma ministra indígena”.

Lula também prometeu nomear mulheres para chefiar os dois maiores bancos públicos do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil – que nunca teve uma líder mulher.

Apesar da melhora na representatividade, o governo Lula ainda está aquém da paridade de gênero, com homens ocupando 26 dos 37 ministros.

Os ministros devem tomar posse no dia 1º de janeiro, juntamente com o presidente eleito e o vice-presidente, Geraldo Alcmene.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *