Governo Lula relança programa ‘Mais Médicos’ para contratar 15 mil profissionais em áreas marginalizadas: Despacho Popular

Lula e a ministra da Saúde, Nicia Trindade, durante o lançamento do programa – Marcelo Camargo / Agência Brasil

Na segunda-feira, 20 de março, o governo brasileiro lançou oficialmente a nova edição do Mais Médicos (Senhorita Medicusem português) – agora chamado oficialmente de Mais Médicos para o Brasil (Mais Médicos para o Brasilem português). Serão 15 mil novas vagas para profissionais formados em medicina, o que elevará o número de pessoas empregadas pelo programa para 28 mil até o final deste ano.

O emprego será principalmente para atender a demanda em locais de extrema pobreza. Segundo estimativas do governo, mais de 96 milhões de pessoas terão acesso garantido à atenção primária, principalmente nas unidades básicas de saúde, fundamentais para prevenir doenças e minimizar danos em casos graves.

Foi lançado no ano de 2013 pela A então presidente Dilma Rousseff (PT), o programa foi um passo histórico na melhoria dos cuidados de saúde no país, ao mesmo tempo que ampliou a disponibilidade de profissionais. No entanto, a iniciativa sempre foi criticada pela oposição (que chegou ao poder depois de Jair Bolsonaro). Nos últimos anos, o programa foi enfraquecido. Bolsonaro chegou a lançar um suposto substituto, chamado “Médicos pelo Brasil”, mas Não virou realidade.

A proposta do governo Bolsonaro não garantiu médicos onde eles são mais necessários. Até o final de 2022, mais de 4.000 equipes de saúde da família ficarão sem médicos, o pior cenário em dez anos. Ministra da Saúde Nícia Trindadeno evento de lançamento na segunda-feira.

Brasileiros como prioridade

Médicos brasileiros terão preferência na seleção, mas também poderão participar profissionais estrangeiros cadastrados no Ministério da Saúde. Serão oferecidos incentivos financeiros aos profissionais que residam há pelo menos 36 meses no mesmo município. Os médicos que obtiverem o Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) receberão um bônus pela participação no programa.

“Mais médicos voltaram para responder ao desafio de garantir que haja médicos para os brasileiros em municípios remotos e nas periferias das grandes cidades, que sofrem por não receber uma atenção tão importante”, disse Necia Trindade.

O governo federal vai investir 712 milhões de rands (cerca de 136 milhões de dólares americanos) este ano. O primeiro edital do novo programa será lançado em março próximo, com 5.000 vagas, enquanto outras 10.000 vagas serão abertas nos próximos meses, em parceria entre o governo federal e os municípios. O objetivo é reduzir os custos de emprego para os municípios.

“Só o prefeito que quer contratar sabe o quanto falta um médico na cidade. Às vezes ele paga um salário maior do que o possível, e mesmo assim não consegue encontrar um médico que se disponha a ir para uma pequena cidade do interior, que tem nem shopping nem cinema.” . Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O presidente disse ainda que os primeiros 100 dias no cargo serviram para fazer um levantamento da realidade do país, para saber “o grau de devastação a que o país foi submetido nos últimos seis anos”. Esta segunda-feira, dia em que mais médicos são relançados, completa 80 dias de mandato.

“Nestes oitenta dias de governo não fizemos nada além de tentar restaurar tudo que foi bem feito, que funcionou, que foi destruído. É como se você voltasse das férias e houvesse um terremoto em sua casa”, disse o presidente.

Oportunidades educacionais

O novo programa Mais Médicos proporcionará oportunidades educacionais, como a possibilidade de fazer especialização em mestrado. Segundo o Ministério da Saúde, que vai trabalhar em conjunto com o Ministério da Educação nessa área, mais de 40% dos participantes abandonam o programa em busca de capacitação e educação.

“Hoje há evidências consolidadas de que o programa conseguiu levar profissionais para as áreas mais vulneráveis, ampliar o acesso à saúde da família, reduzir as internações e a mortalidade infantil. Por isso voltou”, enfatizou o ministro da Saúde.

Este artigo foi originalmente publicado Brasil de Fatu.

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