BRASILIA (Reuters) – A polícia brasileira invadiu na sexta-feira as residências do Banco de Brasil BBAS3.SA A polícia disse que dois gerentes eram suspeitos de envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro de 200 milhões de reais (US $ 48 milhões), na última fase de um grande escândalo de corrupção na lavagem de carros no Brasil. De acordo com o Ministério Público Federal, a polícia está investigando denúncias de que gerentes de três agências do banco estatal lavaram mais de 200 milhões de riais entre 2011 e 2014, informou o escritório.
O Banco do Brasil afirmou em nota que iniciou investigações internas que podem levar ao despedimento dos supostos funcionários, acrescentando que está a cooperar com as autoridades.
As ações do banco caíram 1% com a notícia da investigação, mas se recuperaram rapidamente, avançando 0,7%.
O dinheiro foi usado para pagar propinas de empresas de engenharia e construção para contratos com a estatal Petróleo Brasileiro PETR4.SA A assessoria informou o massivo esquema de comissões e suborno político revelado em 2014. Ao ser informado das denúncias, o Banco do Brasil conduziu investigações internas que resultaram no envio de mais provas às autoridades, segundo promotores.
Afirmaram que, em troca de propina, os suspeitos haviam desligado o sistema de detecção de lavagem de dinheiro para algumas transações e bloqueado o canal de informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), ferramenta fundamental para a detecção de dinheiro suspeito que passa pelo sistema bancário.
Segundo eles, os diretores investigados são de três delegacias do estado de São Paulo e que a polícia e o Ministério Público estão cumprindo sete mandados de busca e prisão na cidade de São Paulo e um na cidade de Natal.
A Polícia Federal informou que também está investigando o papel de um caixa que supostamente forneceu 110 milhões de riais em dinheiro para serem usados no pagamento de propinas.
Cobrindo com Jimmy McGiver e Anthony Poodle de Brasília, Pedro Fonseca no Rio de Janeiro, editado por Mark Potter e Nick Ziminsky
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