Fusão de direita visa formar o maior partido político do Brasil

BRASÍLIA (Reuters) – Os dois partidos de direita do Brasil decidiram na quarta-feira unir forças para se tornar o maior do país, com planos de apresentar uma alternativa ao presidente Jair Bolsonaro nas eleições do próximo ano.

Os Democratas (DEM) e o Partido Social Liberal (PSL), ao qual Bolsonaro aderiu antes de sua campanha de 2018, terão 82 cadeiras na câmara baixa de 513 membros, um agrupamento maior do que o Partido dos Trabalhadores (PT) de esquerda por 53.

A fusão ainda não foi aprovada pela mais alta autoridade eleitoral do Brasil, mas o novo partido, chamado União Brasil, pode alterar a corrida presidencial de 2022 que agora parece polarizada entre a extrema direita Bolsonaro e o ex-presidente de esquerda Luis Inácio Lula da Silva.

Lula, que fundou o Partido dos Trabalhadores e atuou como presidente de 2003-2010, está bem à frente nas pesquisas de opinião sobre o Bolsonaro, cuja popularidade despencou devido ao tratamento do segundo surto de COVID-19 mais mortal do mundo, alto desemprego e desemprego avaliar. Inflação alta.

O partido União Brasil será liderado por Luciano Pivar, chefe do PSL, que cresceu do nada e se tornou o maior da Câmara dos Deputados na onda conservadora que elegeu Bolsonaro à presidência.

Bolsonaro retirou-se do PSL em 2019 em uma disputa pelo controle do partido e seus crescentes cofres de campanha.

O líder do Movimento Democrático pela Democracia, Antonio Carlos Magalhães Neto, ex-prefeito de Salvador e estrela em ascensão de uma poderosa família baiana, será o novo secretário-geral do partido.

“Este partido nasceu com a missão de restaurar o otimismo no Brasil e restaurar a confiança dos brasileiros na democracia”, disse ele em um discurso em uma conferência que anunciou a fusão.

Ele disse a repórteres que espera que o novo partido apresente seu candidato presidencial no ano que vem, apoiado por uma renovada coalizão de direita que desafia Bolsonaro, que atualmente não tem partido.

(Reportagem de Anthony Buddle; Edição de Grant McCall)

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