Exclusivo: Equinor e Exxon concordam em expandir operações de petróleo no Brasil

HOUSTON (Reuters) – A norueguesa Equinor SA (EQNR.OL) e a ExxonMobil (XOM.N) deram os primeiros passos para expandir um projeto de petróleo de 8 bilhões de dólares na costa brasileira, disse a petroleira norueguesa Equinor à Reuters.

A empresa disse que as empresas querem aumentar a produção futura do campo de petróleo Bacalhau, o maior projeto da Equinor fora da Noruega, com mais de 1 bilhão de barris de petróleo.

Três pessoas próximas às discussões disseram que uma segunda plataforma de perfuração e uma segunda plataforma de produção flutuante estão sendo consideradas para a próxima fase, juntamente com um gasoduto de mais de 160 quilômetros.

Registre-se agora para obter acesso ilimitado e gratuito ao Reuters.com

Para a Exxon, Bacalhau poderia fornecer seu primeiro barril de petróleo fora do Brasil, uma de suas maiores perspectivas de crescimento, e novos fornecimentos de petróleo a partir de operações de baixo carbono. O primeiro óleo está previsto para 2024 a partir do navio de produção do projeto de 220.000 barris por dia.

A Exxon encaminhou perguntas para a Equinor, que está em campo. A Equinor disse à Reuters que planeja perfurar um novo poço de avaliação ao norte do campo Bacalho no próximo ano “para entender melhor a base de reserva para o desenvolvimento da Fase II”.

Os parceiros estão avaliando a concessão de um contrato para uma segunda sonda. Um porta-voz oficial disse que a pré-perfuração dos poços da primeira etapa está prevista para começar no terceiro trimestre deste ano. A Equinor não comentou os planos para um novo FPSO ou pipeline.

Investimento pode dobrar

“Bacalho é um projeto globalmente competitivo com um ponto de equilíbrio inferior a US$ 35 em uma grande área de energia”, disse o porta-voz em resposta a perguntas à Reuters.

READ  Os segredos do crescimento estratégico por trás do sucesso da Novo Brasil

Duas pessoas próximas às discussões disseram que a segunda fase pode dobrar o investimento do projeto se o novo trabalho de exploração for bem-sucedido.

Duas pessoas disseram que uma das questões a serem decididas seria se o campo produziria óleo suficiente para justificar uma segunda plataforma flutuante, ou FPSO, e um gasoduto para levar o gás natural do campo até a costa.

Duas pessoas disseram que a Equinor e a Exxon poderiam usar um tieback submarino se os resultados não justificassem uma segunda plataforma. Os poços serão conectados ao primeiro FPSO, que devolverá o gás ao tanque.

O primeiro FPSO foi construído pela japonesa Modec e projetado para manter a intensidade das emissões de gases de efeito estufa 65% abaixo da média da Exxon, segundo uma apresentação da empresa.

Cavando para começar

No ano passado, os parceiros assinaram um contrato de quatro anos de US$ 380 milhões com a Seadrill Ltd (SDRL.OL) para a campanha da primeira fase.

Bacalhau é o primeiro campo de sal não desenvolvido do Brasil pela estatal Petróleo Brasileiro SA, que fez a descoberta em 2012 e a vendeu para pagar dívidas. A Equinor detém uma participação de 40%, assim como a Exxon. A Petrogal Brasil detém 20% das ações.

De acordo com a Equinor, a sonda West Saturn da Seadrill perfurará os primeiros seis dos 19 poços certificados em Bacalhau. É a mesma sonda que a Exxon usou nos blocos offshore que opera no Brasil, sem sucesso na exploração.

Registre-se agora para obter acesso ilimitado e gratuito ao Reuters.com

(Reportagem de Sabrina Valley) Edição de Sam Holmes

Nossos critérios: Princípios de Confiança da Thomson Reuters.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *