Enel vai acelerar crescimento em energia renovável no Brasil

São Paulo (Reuters) – A Enel planeja aumentar seu crescimento de energia renovável no Brasil nos próximos anos com novos investimentos em usinas de energia solar e eólica terrestre, disse o CEO Francesco Staras nesta quinta-feira.

Starace disse que o Brasil já responde por 40% do crescimento da Enel no mercado latino-americano de energia renovável, um número que deve aumentar à medida que o grupo começa a se afastar da geração de energia térmica poluente e adicionar mais energia renovável ao seu portfólio.

“Nos próximos três anos, adicionaremos 3.000 megawatts (no Brasil), o que é muito mais do que fizemos no passado, mas será muito mais nos próximos anos, porque a aceleração continua… o potencial é enorme.. você tem muito vento, espaço e radiação solar” .

A Enel Green Power, braço de geração renovável da empresa italiana, opera mais de 4.700 megawatts de energia renovável no Brasil. Quase metade dessa energia está concentrada em energia eólica, e o restante é dividido entre usinas solares e hidrelétricas.

Segundo Staras, o país tem condições favoráveis, como o crescimento demográfico, que pintam um cenário favorável para os negócios da empresa.

“Você não tem muitos países com essas condições, na Europa não temos crescimento demográfico… ele disse. repórteres durante o evento.

A Enel anunciou no ano passado que investiria cerca de 9,8 bilhões de euros na América Latina em 2022-2024, metade desse valor indo para o Brasil. O CEO disse que a participação do país nos investimentos na região aumentará no futuro para 60% a 70%.

Starace acrescentou que o grupo está avaliando investimentos em usinas fotovoltaicas na América do Sul, mas disse que nenhuma decisão foi tomada ainda. Segundo ele, é importante que a empresa tenha produção própria desses equipamentos, o que a torna menos dependente de suprimentos de países como a China.

A Enel está investindo em uma fábrica de painéis na Itália e deve repetir o modelo nos Estados Unidos, segundo o CEO.

Nesse caso, o presidente disse que a empresa não tinha interesse em participar da oferta de capitalização da estatal brasileira Eletrobras. Ele observou que o grupo chegou a adquirir ativos da empresa – a distribuidora Goiás, que foi privatizada há alguns anos. Mas acrescentou que não pretende participar da oferta de privatização. (Reportagem de Leticia Fukushima; escrita de Peter Frontini; edição de Edward Tobin e Bernard Orr)

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