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São Paulo (Reuters) – O desmatamento na floresta amazônica brasileira atingiu um recorde nos primeiros sete meses do ano, mostraram dados preliminares do governo nesta sexta-feira, com a região se aproximando do pico tradicional da temporada anual de queimadas.
Dados de satélite do governo mostraram que 5.474 quilômetros quadrados (2.113 milhas quadradas) foram desmatados na área de janeiro a julho, um aumento de 7,3% em relação ao mesmo período do ano passado, uma área sete vezes maior que a cidade de Nova York. Este foi o maior desmatamento no período da série de dados iniciada em 2015.
Somente em julho, o desmatamento totalizou 1.487 quilômetros quadrados, aproximadamente em linha com o mesmo mês de 2021.
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Ambientalistas e especialistas culpam o presidente Jair Bolsonaro por reverter medidas de proteção ambiental, abrindo caminho para madeireiros e pecuaristas desmatarem ilegalmente mais da floresta amazônica.
“Os números são chocantes, mas não surpreendentes”, disse Marcio Astrini, chefe do observatório climático de um grupo ambientalista local, acrescentando que o desmatamento estava “fora de controle” na região amazônica como resultado de políticas governamentais que reduziram a proteção.
O gabinete de Bolsonaro enviou um pedido de comentário ao Ministério do Meio Ambiente, que não respondeu imediatamente a uma consulta.
Os números mais recentes chegam à medida que o Brasil se aproxima da pior temporada anual de queimadas na Amazônia, quando agricultores e agricultores ateiam fogo em áreas desmatadas no início do ano. Dados da Agência Nacional de Pesquisas Espaciais Inpe mostram que os incêndios na região tendem a ser maiores em agosto e setembro. Consulte Mais informação
Em julho, os alertas de incêndio do Inpe aumentaram 8% em relação ao ano anterior para um total de 5.373, embora tenham ficado abaixo da média de 6.213.
No mês passado, a autoridade ambiental do Brasil concedeu uma licença inicial que permitirá pavimentar uma importante rodovia no meio da floresta tropical, em um movimento que ameaça aumentar o desmatamento. Consulte Mais informação
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(Reportagem de Gabriel Araujo) Edição de Brad Hines e Margarita Choi
Nossos critérios: Princípios de Confiança da Thomson Reuters.