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Demanda por café queniano cai com retorno do Brasil
segunda-feira, 24 de outubro de 2022
A demanda por café queniano caiu após a recuperação da produção do Brasil, que nos últimos dois anos registrou um declínio acentuado que levou à escassez global.
Os lucros do café do Quênia aumentaram significativamente nas duas últimas safras, devido a volumes mais baixos, levando ao aumento da demanda por produtos locais.
O CEO do Nairobi Coffee Bank (NCE), Daniel Mbithi, diz que a queda na demanda é resultado do crescimento esperado dos volumes no mercado global.
“O Brasil espera uma colheita melhor nesta temporada, e a queda na venda recente se deve à falta de demanda pela safra local”, disse Mbethe.
A safra no Brasil foi prejudicada pelo mau tempo nos últimos dois anos, cortando o abastecimento do maior produtor mundial.
Na venda mais recente, o preço do café caiu para uma média de US$ 198 por saca de 50 quilos, ante o maior preço de US$ 215 registrado na primeira venda da safra de Ano Novo realizada na semana passada. O ano do café geralmente começa em outubro.
A demanda decrescente ocorre em um momento em que o Quênia está prestes a começar a colher a principal safra que começa a chegar ao mercado em novembro. Atualmente, o café é comercializado a partir da safra de curta temporada de partes do oeste e leste do Quênia.
Os lucros do café aumentaram US$ 81 milhões nos oito meses até agosto em comparação com o mesmo período da última safra, à medida que mais leilões e maior demanda aumentam o valor do grão.
Os dados da NCE mostram que os ganhos no período em análise aumentaram 62%, para US$ 210 milhões, em comparação com US$ 129 milhões no período correspondente do ano passado.
Os bons ganhos também foram impulsionados pelo crescimento em volumes que foi 46% maior no período analisado em comparação com a temporada anterior.
O número de sacas vendidas em leilão aumentou 52,58%, passando de 377.204 na temporada anterior para 575.543 no final do período analisado.
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