SÃO PAULO (Reuters) – A companhia aérea brasileira Azul espera expandir suas rotas em 30 por cento no próximo ano, com planos de adicionar novas aberturas no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, um dos mais movimentados do país, disse o presidente-executivo John Rodgerson.
Em entrevista na quinta-feira na sede da empresa, nos arredores de São Paulo, Rodgerson disse que a Azul atualmente tem apenas 26 vagas em Congonhas, enquanto seus concorrentes Gol (GOLL4.SA) e LATAM Airlines (LTM.SN) têm cerca de 250 cada.
“As novas regras são mais justas”, disse ele, referindo-se à decisão da ANAC em julho de distribuir 86 slots em Congonhas para aumentar a concorrência, sendo 45 novos slots e 41 usados anteriormente pela falida Avianca Brasil.
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Analistas do Bradesco BBI estimaram no mês passado que quase todas as novas vagas – 84 das 86 – irão para a Azul, permitindo que a presença da empresa no aeroporto quadruplicasse.
Rodgerson espera começar a vender passagens para voos dos novos slots a partir de março.
Ele disse que a empresa agora está focando principalmente em suas operações domésticas e espera em 2023 aumentar o número de cidades brasileiras que atende para 200 das 154 atuais, visando destinos nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
A Azul, que possui uma frota de 164 aeronaves e espera receber uma nova aeronave Embraer (EMBR3.SA) a cada dois meses nos próximos anos, atingirá o limite de 1.000 voos por dia neste mês, um aumento de 10% em relação ao tarde. 2019, disse seu CEO.
No início desta semana, a Azul anunciou uma nova estrutura de gestão, com o Diretor de Receitas Abhi Shah sendo nomeado como o novo chefe da empresa. Vai reportar ao Rodgerson.
Rodgerson disse que a medida visa tornar a gestão da empresa mais semelhante à gestão de grandes companhias aéreas dos EUA, enquanto libera o CEO para se concentrar na estratégia, em vez de lidar com algumas tarefas específicas do dia-a-dia.
“Eu não vou embora”, disse Rodgerson.
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Reportagem de Aluísio Alves; Editado por Paulo Simão
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