Como a Americanet luta para ter sucesso no mercado brasileiro de microfibras

Como a Americanet luta para ter sucesso no mercado brasileiro de microfibras

A empresa brasileira de telecomunicações Americanet pretende investir cerca de R$ 200 milhões (US$ 38 milhões) este ano para expandir redes, manter a infraestrutura e adicionar novos clientes para continuar crescendo em um ritmo forte no altamente disputado mercado de fibra, disse o CEO Lincoln Portela à BNamericas.

O orçamento de dispêndio de capital da empresa exclui quaisquer aquisições potenciais que a empresa possa buscar durante o ano. A Americanit fez cerca de 25 aquisições até o momento, sendo a expansão inorgânica sempre um pilar fundamental de seu crescimento.

“Vamos investir 200 milhões de riais em crescimento orgânico este ano. Isso será para fortalecer nossa estrutura, a rede. Tratamos M&A internamente como um orçamento à parte, e é difícil calcular antecipadamente”, disse Portela.

Ele acrescentou: “Nosso foco agora é olhar com mais cuidado para fusões e aquisições, crescer fortemente organicamente e fortalecer nossa posição no mercado corporativo”.

As projeções de investimentos também não levam em conta o RO 1 bilhão em seis anos (média de mais de SAR 160 milhões anuais) anunciado anteriormente pela empresa para um projeto de rede de fibra neutra enterrada na cidade de São Paulo, a ser implantado por uma recém empresa estabelecida. Unidade denominada Siena Brasil.

Se isso for levado em consideração, os gastos de capital da empresa para 2023 ultrapassarão RO 360 milhões.

A Americanet possui aproximadamente 50.000 km de redes de fibra, conectando mais de 250 localidades em 10 estados brasileiros. Essa estrutura inclui fibras construídas e agregadas por meio de aquisições. De acordo com Portella, a empresa agora tem quase 3 milhões de residências com passagem de fibra.

O executivo disse que a meta para este ano é agregar pelo menos 80 mil novos clientes residenciais. Em 2022, a Americanet agregará aproximadamente 214.000 clientes residenciais e corporativos.

A empresa, que nasceu de olho no mercado corporativo, tem hoje cerca de 14 mil clientes B2B, segundo Portella. Em termos de presença geográfica, esta é a principal operação da Americanet.

“Não é em todo estado que fazemos B2C. Só fazemos B2C quando há sinergia com o B2B, onde realmente conseguimos agregar valor.”

crescimento

Apesar do cenário macroeconômico competitivo mais desafiador, que foi afetado por custos financeiros mais elevados devido a taxas de juros mais altas e atividade econômica mais fraca, a Portela disse que o grupo busca mais uma vez o crescimento de receita de dois dígitos neste ano.

“Vamos ver um crescimento de dois dígitos ano após ano. Não queremos perder essa curva de crescimento. Nossa participação de mercado ainda é pequena. Entendemos que há uma grande oportunidade no mercado para nós. Vemos uma oportunidade grande oportunidade de crescimento”, disse o CEO.

Atualmente, a empresa detém uma participação de mercado de cerca de 2% na banda larga fixa em todo o território nacional.

Suas operações estão concentradas principalmente no estado de São Paulo, onde o ISP afirma ser líder em banda larga fixa em diversas cidades do estado.

Rede neutra enterrada

O executivo revelou que a Americanet está em negociações com uma grande operadora de telecomunicações para usar a pioneira rede subterrânea de fibra neutra na cidade de São Paulo, sem revelar o nome da empresa.

O projeto, que é apoiado por sua unidade separada chamada Siena Brasil, foi anunciado no início deste mês.

“O Siena Brasil foi criado para resolver um problema crônico em todas as cidades, que é o transbordamento de cabos aéreos.Além de limitar a quantidade de cabos de comunicação passados ​​em postes, muitas dessas estruturas estão lotadas e desordenadas.

Por meio de Siena, a empresa pretende implantar e enterrar cerca de 1.000 km de fibra anualmente na cidade, seguida por outras partes do estado, com um total de cerca de 6.000 km de cabo terrestre até o final de 2028.

Além de alavancar a rede, o objetivo da Americanet é alugar a infraestrutura do Siena para outros ISPs e operadoras. Segundo a Portela, se pelo menos uma outra grande operadora entrar, o projeto poderá ser concluído em dois anos e meio.

A Telefônica Brasil lidera o mercado paulista de banda larga com 42,6% do alcance fixo de 4 milhões na cidade, seguida pela Claro (38,7%).

No entanto, a Claro ainda tem uma base de fibra muito pequena no Brasil. Então, só de olhar para essa tecnologia, a Telefônica é facilmente a líder do mercado na cidade com mais de 71,6% dos 2,1 milhões de acessos de banda larga por fibra, enquanto a Claro tem apenas 1,7%.

A TIM, por sua vez, detém cerca de 6,4% dos acessos de fibra da cidade. Portanto, Claro e TIM são grandes possibilidades para utilizar a estrutura que está sendo soterrada pela Americanet.

A empresa começou a construir e implantar parte dessa rede neutra no segundo semestre de 2022 e atualmente está disponível em cinco regiões de São Paulo, agora com uma extensão de 300 km.

Segundo o CEO, a empresa utiliza fibras de alta tecnologia (Prysmian, Furukawa e ZTT) e o chamado método de enterramento não destrutivo que preserva a maior parte das docas.

Ele disse que a Portela se reuniu na semana passada com o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, que manifestou seu apoio à iniciativa. Ele acrescentou que o conselho da cidade já emitiu todas as licenças para o projeto.

A Portela disse que o projeto também é apoiado pela agência reguladora Anatel.

Portela acrescentou que o banco brasileiro Bradesco, que a Americant/Siena contratou para procurar empresas de telecomunicações e investidores, também está em negociações com fundos internacionais sobre um possível investimento de capital na Siena.

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