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São Paulo (Reuters) – A produtora brasileira de alumínio Companhia Brasileira de Alumínio (CBAV3.SA) e desenvolvedora do projeto de economia verde Reservas Votorantim disse que emitiu os primeiros créditos de carbono da América Latina do bioma Cerrado.
A Reservas Votorantim certificou uma área de 11.500 hectares no estado de Goiás, onde pode gerar cerca de 50.000 créditos de carbono anualmente.
As empresas disseram que a liberação de créditos de carbono em áreas de conservação no Cerrado, o segundo maior ecossistema do Brasil depois da Amazônia, é sem precedentes.
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Cerca de 316.000 créditos foram emitidos e serão leiloados. As propostas podem ser enviadas até o final de setembro. Cada crédito equivale a uma tonelada de emissões de carbono economizadas.
As duas empresas disseram que a venda deste primeiro lote de créditos pode gerar cerca de US$ 5 milhões em receita.
Eles basearam o cálculo no valor das vendas de créditos de carbono liberados do bioma Amazônia, que varia de US$ 10 a US$ 18 por tonelada.
No entanto, para os créditos emitidos pelas propriedades ameaçadas do Cerrado, o valor deve subir para atrair os agricultores a preservá-los.
David Canasa, diretor da Reservas Votorantim, disse que vê US$ 40 a tonelada como o “valor de equilíbrio”, ou o nível em que os agricultores serão efetivamente compensados por manter árvores em vez de cultivar soja no Cerrado.
De acordo com a Lei Florestal Brasileira de 2012, os agricultores são obrigados a conservar 35% da área de sua propriedade naquele bioma e 80% se a fazenda estiver na Amazônia.
A savana do Cerrado, principal cinturão de grãos do Brasil, está sendo destruída mais rapidamente do que a floresta amazônica vizinha, de acordo com o WWF.
A ERA, uma das empresas que realiza leilões de créditos de carbono no Cerrado, está tentando persuadir agricultores em mais de 30.000 hectares do Cerrado a entrar no mercado como forma de diversificar sua receita, embora o cultivo comercial ainda seja atraente lá.
“O alto rendimento da soja é uma competição direta”, disse a CEO da ERA, Hannah Simmons, em entrevista.
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(Reportagem de Anna Mano em São Paulo) Edição de Richard Chang e Matthew Lewis
Nossos critérios: Princípios de Confiança da Thomson Reuters.