Casos COVID-19 entre apanhadores de frutas migrantes em Portugal reavivam preocupações com abusos de direitos | Mighty 790 KFGO

Casos de COVID-19 entre catadores de frutas migrantes em Portugal estão levantando preocupações sobre violações de direitos

Escrito por Katarina Dimone

LISBOA (Reuters) – O governo português disse na terça-feira que iria proteger os direitos dos migrantes dos colhedores de frutas e vegetais e da COVID-19, depois que uma onda de infecções no setor reacendeu as preocupações sobre as condições em que vivem. Na fase final de flexibilização do bloqueio nacional, na semana passada, foram impostos cordões sanitários no município de Odemira, a sul, onde centenas de estufas de plástico revestidas com plástico dependem de trabalhadores expatriados para trabalhar.

Pessoas com dois cuidadores não têm permissão para entrar ou sair. Um deles, São Teotônio, notificou 1.910 casos por 100.000 pessoas em um período de 14 dias. O país tem em média cerca de 64 casos.

Para resolver esse problema, o governo assumiu temporariamente um eco-resort privado em Udemera, onde migrantes considerados contatos de alto risco podem se isolar. Aqueles com teste positivo para COVID-19 serão transferidos para um alojamento local.

“A nossa prioridade é a saúde pública dos imigrantes”, disse o ministro do Interior, Eduardo Cabrita, durante uma visita a Odemira. “Quero que quem venha trabalhar para Portugal tenha os mesmos direitos que os portugueses que trabalham no estrangeiro”.

Muitos trabalhadores migrantes – de países como Nepal, Índia, Bangladesh, mas também da Europa Oriental – vivem em alojamentos lotados com poucas comodidades.

O primeiro-ministro Antonio Costa disse que as condições em que vivem os migrantes representam uma ameaça à saúde pública e uma “flagrante violação dos direitos humanos”.

Grupos de direitos humanos dizem que as autoridades fecharam os olhos por anos aos problemas dos imigrantes, desde trabalhar sem remuneração até confiscar seus documentos de identidade.

Nos últimos quatro anos, o SEF identificou 134 pessoas traficadas para fins de exploração para trabalho na região do Alentejo, onde se situa Odemira.

O Ministério Público de Odemira informou que está a investigar 11 processos de exploração do trabalho.

O prefeito José Guerrero disse que relatou incidentes de violação de direitos às autoridades há cerca de dois anos, mas nada foi feito na época.

(Coberto por Katharina Demoni; Coberto por Sergio Gonçalves; Edição de Andre Caleb e Timothy Heritage)

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