Carteira de crédito forte leva Banco do Brasil a aumentar lucro trimestral

Por Pedro Frontini

SÃO PAULO (Reuters) – O Banco do Brasil, controlado pelo governo brasileiro, divulgou nesta segunda-feira um salto de 29 por cento no lucro líquido do primeiro trimestre em relação ao ano anterior, impulsionado pelo crescimento de dois dígitos no valor de sua carteira de empréstimos.

O lucro líquido ajustado do Banco do Brasil (Banco do Brasil) atingiu R$ 8,55 bilhões (US$ 1,71 bilhão) nos primeiros três meses deste ano, enquanto analistas consultados pela Refinitiv esperavam R$ 8,69 bilhões.

O credor disse que os resultados foram ajudados pelo desempenho de sua carteira de crédito, “que reflete uma combinação adequada de risco versus retorno”.

Sua carteira de crédito totalizou 1,03 trilhão de riais, um crescimento de 16,8% em relação ao ano anterior e de 2,7% em relação ao trimestre anterior, sustentada pela expansão dos empréstimos relacionados ao agronegócio.

“Este desempenho é reforçado pelo crescimento das receitas de serviços, enquanto as despesas administrativas permaneceram sob controle”, acrescentou o banco em comunicado.

Os analistas do Citi saudaram os resultados, descrevendo o desempenho do banco de janeiro a março como tendo “começado o ano com uma nota forte”. Os analistas observaram que as margens de lucro melhoraram conforme a qualidade dos ativos foi ajustada.

Durante o trimestre, o Banco do Brasil informou que reservou R$ 5,85 bilhões para créditos de liquidação duvidosa, mais que o dobro do registrado no ano anterior, mas uma queda de 10,4% em relação aos três meses anteriores.

O banco conseguiu, mais uma vez, manter a inadimplência sob controle nos três primeiros meses do ano, com a inadimplência de 90 dias atingindo 2,62%, ligeiramente acima dos 2,51% do trimestre anterior.

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“As tendências de qualidade de ativos permanecem resilientes, com empréstimos inadimplentes sob controle e abaixo do nível de seus pares”, escreveram analistas do Citi.

A receita de comissões cresceu 8,1%, para 8,13 bilhões de riais, enquanto o retorno sobre o patrimônio, que mede a lucratividade, caiu cerca de 21%, ou quase 3 pontos percentuais em relação ao ano anterior.

A receita de juros da empresa, que é uma medida dos lucros sobre empréstimos menos o custo dos depósitos, aumentou 38% em relação ao ano anterior, para 21,16 bilhões de riais.

(US$ 1 = 5,0033 riais)

(Reportagem de Peter Frontini em São Paulo; Edição de Anthony Esposito e Matthew Lewis)

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