Carrefour Brasil alvo na investigação de suborno em São Paulo, pode enfrentar uma grande multa

São Paulo (Reuters) – A prefeitura de São Paulo investiga unidade atacadista do Carrefour Brasil CRFB3.SA Sobre um suposto esquema de suborno, o Diário local disse quinta-feira, citando uma investigação que poderia resultar em uma multa de até 20% da receita total da empresa para 2019.

FOTO DO ARQUIVO: Uma foto do logotipo do Carrefour é vista em um supermercado em São Paulo, Brasil, em 9 de novembro de 2017. REUTERS / Nacho Duce / Foto do arquivo

A investigação se refere a um processo criminal que revelou pagamentos a fiscais da cidade no total de cerca de 1,5 milhão de reais (US $ 280.000) para operar, sem licença, a sede do departamento de atacado no Atacadão e uma loja próxima em São Paulo.

Em nota, o Carrefour Brasil afirmou que ainda não recebeu nenhuma notificação sobre o inquérito administrativo ou informações sobre seu conteúdo, mas se comprometeu a cooperar com as autoridades.

Em março, os promotores apresentaram acusações de corrupção contra quatro representantes de Atakadaw. Eles não trabalham mais para a empresa, segundo o Carrefour Brasil.

“O Grupo Carrefour Brasil rejeita todo e qualquer ato de corrupção e reitera que possui um código de conduta compatível com a legislação brasileira”, afirmou o varejista.

O novo inquérito administrativo pode levar até 180 dias, com possibilidade de prorrogação por mais 180 dias, segundo o Observatório Paulista.

Se o Atacadão for responsabilizado, a empresa terá que pagar multa de 0,1% a 20% de sua receita total no ano anterior à investigação.

“O valor depende da infração ocorrida, garantindo sempre que o percentual aplicado não seja inferior à vantagem obtida”, disse o superintendente municipal.

Uma filial local da francesa Carrefour SA CARR.PA Ela relatou uma receita total de 62,22 bilhões de riais em 2019, dos quais 42,05 bilhões de riais vieram do Atacadão.

“Desde pelo menos 2007, quando o Carrefour comprou o Atacadão, a sede administrativa em Villa Maria e a loja adjacente não tinham licença para operar”, disse o procurador-geral Roberto Bodini à Reuters em entrevista, acrescentando que a licença só foi obtida em 2015.

(Reportagem de Gabriela Melo de São Paulo) Edição de Steve Orlovsky e Matthew Lewis

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