Brasileira Embraer fabrica aeronaves aprovadas pela OTAN em Portugal

LISBOA (Reuters) – O ministro da Defesa do Brasil, José Museo, disse nesta sexta-feira que a fabricante de aeronaves Embraer SA (EMBR3.SA) de seu país construirá aeronaves que atendam aos requisitos da OTAN em parceria com a empresa aeroespacial portuguesa OGMA.

A Embraer, que detém 65% do capital da OGMA, fabrica vários tipos de aeronaves, incluindo uma aeronave de ataque leve chamada “Super Tucano”.

Na semana passada, a empresa lançou o A-29 Super Tucano na configuração NATO, inicialmente com foco em atender as necessidades das nações europeias.

Mas Mucio disse anteriormente que a fabricação de aviões – não só o Super Tucano, mas também outros – no Brasil para venda na Europa nem sempre atendeu a todas as exigências da OTAN.

Musiu disse que a certificação dos aviões da empresa pela NATO pode abrir portas no mercado europeu e não só e que a produção em Portugal é “importante porque já cumpre os pré-requisitos da NATO”.

“Vamos fabricar aeronaves brasileiras com características da OTAN”, disse Museo, que está em Portugal com outros ministros em visita oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que dura cinco dias.

A delegação brasileira visita segunda-feira a sede da OGMA, perto de Lisboa.

A Embraer também fabrica aviões cargueiros militares KC-390 e busca mais negócios internacionais para vendê-los.

Em 2019, o governo português disse que compraria cinco aeronaves de transporte militar Embraer KC-390 e um simulador de voo por 827 milhões de euros. Recentemente, países como Suécia e Colômbia manifestaram interesse em comprá-lo também.

Duas fontes familiarizadas com o assunto disseram na semana passada que a Áustria está ansiosa para conversar com a Embraer sobre a compra de quatro ou cinco aviões militares de carga KC-390.

Mucio disse que a Embraer quer exportar o KC-390 para mais países europeus.

“O presidente (Lula) quer incentivar a indústria de defesa brasileira e aumentar os investimentos na indústria de defesa”, disse Museo.

Reportagem de Katharina Dimoni; Editado por William Mallard

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