Brasil: Fortes chuvas e deslizamentos de terra matam dezenas em uma cidade montanhosa

Outras 134 pessoas estão desaparecidas, segundo a Defesa Civil do Rio, e as autoridades dizem que não há estimativa oficial para o número de mortos, que continua a aumentar com a chuva.

As chuvas somente na tarde desta terça-feira foram superiores à média histórica de todo o mês de fevereiro, segundo a Defesa Civil do Rio.

As águas da enchente correram pelos bairros das encostas, deixando um rastro de destruição. Na terça-feira, a Secretaria de Defesa Civil do Brasil informou que 269 deslizamentos de terra foram registrados, segundo a CNN, afiliada brasileira da CNN.

Na quarta-feira, as equipes de busca e resgate estavam andando pela lama e vasculhando os destroços em busca de sobreviventes. A Defesa Civil Nacional disse que resgatou 24 pessoas, mas mais de 439 pessoas perderam suas casas e os esforços de resgate estão em andamento.

“O trabalho está em andamento e faremos o possível e o impossível para salvar vidas”, disse o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, na quarta-feira, em um post no Twitter, ao compartilhar os últimos desenvolvimentos.

Um homem carrega um cachorro para longe da área afetada.

Localizada nas colinas ao norte da capital, Rio de Janeiro, Petrópolis é apelidada de “Cidade Imperial” por sua popularidade entre a monarquia brasileira no século 19, e é conhecida por sua arquitetura opulenta, teatros e museus. Fotos e filmagens na quarta-feira mostraram partes da majestosa cidade em ruínas.

O presidente brasileiro Jair Bolsonaro, que estava em Moscou se encontrando com o presidente russo, Vladimir Putin, disse na quarta-feira que conversou com ministros e pediu “ajuda imediata” para enviar às vítimas.

Desde a década de 1960, o sul do Brasil tem visto um aumento tanto no número de eventos extremos de chuva quanto na quantidade média de chuva, de acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).

Isso pode ser explicado em parte pela variação natural dos padrões climáticos, mas também pelas mudanças climáticas, bem como pelos aerossóis e pela destruição da camada de ozônio atmosférica.

As temperaturas médias globais estão agora pelo menos 1,1°C mais altas do que eram antes da industrialização. De acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, um aquecimento de 2°C significa aumento da intensidade e frequência de eventos extremos de chuva e inundações no sul do Brasil.

Os cientistas dizem que o mundo precisa fazer reduções profundas e sustentáveis ​​nos gases de efeito estufa, principalmente abandonando os combustíveis fósseis, para conter o aquecimento global a 1,5°C.

O Brasil passou por uma série de desastres naturais nos últimos meses.

No início de fevereiro, pelo menos 24 pessoas morreram depois que chuvas torrenciais em São Paulo, sede do centro financeiro do Brasil, causaram inundações e deslizamentos de terra em todo o estado do sudeste brasileiro.

Mais de 1.546 famílias foram deslocadas, segundo nota da Defesa Civil do governo, que também afirmou pelo menos Oito crianças morreram no desastre.

No final de dezembro, foi anunciado que o número de mortos pelas inundações e chuvas torrenciais que varreram o estado brasileiro da Bahia desde novembro havia subido para 20.

Autoridades estaduais dizem que as inundações também causaram a explosão de duas barragens, deixando cerca de 62.800 pessoas desabrigadas.

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