Brasil assina acordo para acelerar desembaraço aduaneiro

O acordo, a ser assinado em breve, prevê o reconhecimento mútuo de empresas com bom histórico de cumprimento das regras alfandegárias, obtendo assim o privilégio de tratamento diferenciado de suas mercadorias, informou a mídia brasileira.

O subsecretário do Ministério das Alfândegas e Comércio Exterior, Fausto Vieira Coutinho, disse que o Brasil espera avançar nas negociações com os Estados Unidos para assinar um compromisso semelhante. A facilitação do comércio é um dos principais itens da agenda bilateral.

Além do Brasil, o acordo regional incluirá Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai. As empresas que obtiverem tratamento expresso no Brasil também terão férias rápidas em outros países signatários.

No Brasil, as empresas que cumprem bem as regulamentações fazem parte do programa Operador Econômico Autorizado (OEA). Como resultado, essas empresas podem despachar mercadorias importadas em 26 minutos, em comparação com as 28 horas que outras empresas levam para liberar itens dos procedimentos alfandegários nos portos marítimos. Se o carregamento importado chegar carregado com caminhões, ele poderá ser despachado em até 4 minutos em vez das 7 horas que os demais levam.

Dados do Balanço Aduaneiro 2021, divulgados pela Receita Federal do Brasil, mostram que apenas 0,32% dos OEA foram examinados no ano passado. No entanto, para as que não são firmas-membro da OEA, a parcela de cargas despachadas foi de 1,12%, valor 3,5 vezes maior. Nas importações, 0,73% dos embarques da OEA foram selecionados para fiscalização, enquanto nas demais empresas foi de 3,96%.

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Coutinho disse que o desembaraço rápido de mercadorias é um incentivo para as empresas manterem a conformidade no Brasil. O objetivo é oferecer cada vez mais vantagens. O número de OEAs passou de 5 em 2014 para 494 em 2021. Esse grupo de empresas respondeu por 26,32% de todo o comércio brasileiro no ano passado.

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