SÃO PAULO (Reuters) – O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro negou neste sábado “ações ilegais” após uma reportagem de que joias supostamente dadas da Arábia Saudita para ele e sua esposa foram trazidas para o país sul-americano sem serem declaradas às autoridades.
O governo do sucessor de Bolsonaro, Luiz Inácio Lula da Silva, se comprometeu a investigar.
Na sexta-feira, o jornal O Estado de S. Paulo informou que um membro do governo de Bolsonaro havia tentado ilegalmente trazer para o Brasil uma coleção de joias de US $ 3,2 milhões composta por um colar de diamantes, anel, relógio e brincos que havia sido presenteado ao ex-ex-extrema direita presidente e ex-presidente. Primeira-dama Michelle Bolsonaro pelo governo saudita.
A Embaixada da Arábia Saudita no Brasil não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
“Sou acusado de um presente que não pedi e que não recebi”, disse Bolsonaro, segundo a CNN Brasil, em entrevista à CNN Brasil. “Não há legitimidade de minha parte. Não cometi atos ilegais.”
No entanto, os assessores de Lula prometeram abrir uma investigação sobre o assunto.
O ministro da Justiça, Flavio Dino, disse que solicitaria uma investigação da Polícia Federal, enquanto Paulo Pimenta, porta-voz do presidente de esquerda do Brasil, disse que não haveria impunidade.
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“As evidências são fortes e a verdade vai aparecer”, disse Pimenta em uma transmissão nas redes sociais.
Segundo O Estado de S.Paolo, as joias no valor de 3 milhões de euros (US$ 3,19 milhões) foram encontradas por agentes da alfândega na mochila de um assessor do então ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque que voltava de viagem oficial ao leste . Leste em outubro de 2021.
Agentes do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, confiscaram as joias, já que as pessoas devem declarar qualquer mercadoria com valor superior a US$ 1.000 ao entrar no Brasil, disse o jornal, acrescentando que o governo Bolsonaro tentou, sem sucesso, recuperar as joias por meio de funcionários do governo.
Bolsonaro estava nos Estados Unidos, tendo viajado para a Flórida no final de dezembro, 48 horas antes da posse de Lula. Ele participou da conferência conservadora da CPAC em Washington no sábado, onde também deveria se encontrar com o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, seu aliado político.
(US$ 1 = 0,9406 euros)
(Reportagem) Paula Arend Lair e Gabriel Araujo; Edição por Chizu Nomiyama e Paul Simao
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