Bolsonaro, do Brasil, bloqueia críticas nas redes sociais: HRW

A Human Rights Watch acusou o presidente brasileiro Jair Bolsonaro quinta-feira de violar o direito à liberdade de expressão ao banir críticas nas redes sociais, onde o líder de extrema direita mantém uma forte presença.

O grupo de direitos humanos com sede em Nova York disse em um relatório que pelo menos 176 jornalistas, legisladores, influenciadores, cidadãos comuns e outros que criticam o presidente foram impedidos de acessar suas contas, a maioria delas no Twitter.

Bolsonaro está “tentando livrar suas contas nas redes sociais de pessoas e instituições que discordam dele e transformá-las em lugares onde apenas aplausos são permitidos, como parte de um esforço mais amplo para silenciar ou marginalizar os críticos”, disse Maria Laura Canino, diretora da Brasil Human Rights Watch. na situação atual.

O grupo observou que, nos Estados Unidos, um tribunal de apelações decidiu em 2019 que o modelo político de Bolsonaro, o então presidente Donald Trump, não poderia banir os críticos de sua conta no Twitter porque isso violaria seu direito constitucional à liberdade de expressão.

Bolsonaro, que construiu sua marca política principalmente em torno de macacos ardentes da mídia social, tem cerca de sete milhões de seguidores no Twitter, 14 milhões no Facebook – onde ele hospeda um endereço ao vivo semanal – e 18,6 milhões no Instagram.

A Human Rights Watch disse que Bolsonaro também está violando o direito de acesso à informação das pessoas em questão.

Ele disse que está entre as organizações que Bolsonaro baniu, junto com o site de notícias online UOL, o site investigativo The Intercept Brasil e o grupo de direitos humanos Anistia Internacional.

O ministro das Comunicações do Brasil, Fabio Faria, disse que o presidente tem o direito de banir pessoas.

“As contas oficiais do governo são uma coisa, mas as contas pessoais e individuais de Jair Bolsonaro são outra”, disse ele.

Bolsonaro afirma que seu direito à liberdade de expressão é regularmente violado nas redes sociais, com suas postagens sendo excluídas por espalhar notícias falsas.

Melis Mel / JB / Su

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