Bolsonaro busca a reeleição em discurso na ONU


Sede das Nações Unidas
CNN

Presidente do Brasil Endereço Jair Bolsonaro Para a Assembleia Geral da ONU na terça-feira não é muito parecido seus discursos anteriores perante os líderes mundiais. O presidente brasileiro estava promovendo o desenvolvimento do Brasil sob seu governo e atacando seus oponentes políticos, e parecia mais focado em atrair eleitores em casa, com as eleições presidenciais do país se aproximando no mês que vem.

Primeiro líder mundial a discursar no pódio da sede das Nações Unidas em Nova York, Bolsonaro passou grande parte de seu discurso descrevendo conquistas econômicas e políticas, dizendo que a pobreza, a inflação e o desemprego estavam diminuindo no país.

Todos esses indicadores já mostram leve queda nos últimos dois a três meses, embora o quadro econômico geral esteja um pouco mais claro, com um em cada dez brasileiros agora desempregado e inflação de 8,73% em agosto, na comparação com o mesmo mês. ano passado.

O presidente, que há muito se autodenomina um amigo dos negócios, também argumentou que a privatização e a desregulamentação sob seu governo promoveram um ambiente econômico melhor no país e pediu a continuação desse modelo de governança – um apelo impreciso para a renovação. -eleição.

O direitista Bolsonaro enfrenta o ex-presidente esquerdista Luiz Inácio Lula da Silva nas urnas em outubro, e parecia desferi-lo em seu discurso, dizendo aos líderes mundiais reunidos: “Apenas entre 2003 e 2015, quando a esquerda governou o Brasil, a Petrobras endividado por má gestão, divisão política e Os desvios totalizaram a 170 bilhões de dólares, referentes à estatal petrolífera.

“O responsável foi condenado por unanimidade em três casos”, continuou, referindo-se inequivocamente a Silva, cuja condenação foi anulada pelo Supremo Tribunal Federal em março de 2021 – abrindo caminho para o ex-líder lançar um desafio político a Bolsonaro. este ano.

Temas socialmente conservadores da campanha eleitoral de Bolsonaro também surgiram durante seu discurso nas Nações Unidas. “Outros valores centrais da sociedade brasileira, que se refletem na agenda dos direitos humanos, são a defesa da família, o direito à vida desde a gravidez, a legítima defesa e a rejeição da ideologia de gênero”, afirmou.

Como em anos anteriores, o presidente brasileiro também questionou as preocupações ambientais sobre a gestão brasileira da vasta floresta amazônica, dizendo à Assembleia Geral que dois terços de todo o território brasileiro ainda estavam cobertos por vegetação nativa, “que é exatamente o que era quando o Brasil foi descoberto em 1500.”

“Na Amazônia brasileira, que é uma área equivalente à Europa Ocidental, mais de 80% das florestas estão intocadas, ao contrário do que é noticiado pela grande mídia nacional e internacional”, acrescentou Bolsonaro.

No entanto, sob a presidência de Bolsonaro, as taxas de desmatamento na Amazônia dispararam, e o próprio presidente pediu abertamente mais desenvolvimento e atividade econômica que aproveite os recursos naturais do país e as vastas florestas protegidas.

Como a CNN noticiou anteriormente, entre 2019 – quando Bolsonaro assumiu o cargo – e 2021, o Brasil perdeu mais de 33.800 quilômetros quadrados (13.000 milhas quadradas) da floresta amazônica, de acordo com o Instituto de Pesquisas Espaciais do Brasil (INPE), uma agência governamental. Essa é uma área maior que a Bélgica, com uma média de 11.000 quilômetros quadrados (4.250 milhas quadradas) perdidos anualmente.

Seu rival, da Silva – ou Lula, como é amplamente conhecido – é provavelmente visto como um ambientalista, dizendo recentemente à CNN Brasil que em seu governo “não haverá desmatamento na Amazônia”. Durante sua presidência, de 2002 a 2010, o desmatamento caiu 65% no Brasil, segundo o INPE.

A política interna brasileira não é novidade para muitos em Nova York, onde apoiadores e especialistas de Bolsonaro foram vistos expondo suas opiniões nas ruas ao redor da sede das Nações Unidas.

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