Banco do Brasil eleva projeção para 2022 com aumento das expectativas de lucros

São Paulo (Reuters) – O banco estatal brasileiro Banco do Brasil elevou nesta quarta-feira sua previsão de lucro para o ano inteiro com base no lucro trimestral acima do esperado, impulsionado pela maior receita de juros em uma carteira de empréstimos maior.

O Banco do Brasil agora espera que seu lucro em 2022 fique entre R$ 30,5 bilhões e R$ 32,5 bilhões (US$ 5,9 bilhões a US$ 6,3 bilhões), acima da faixa anterior de R$ 27 bilhões a R$ 30 bilhões.

Ele disse que sua carteira de empréstimos deve crescer cerca de 15% a 17% este ano, ante uma previsão anterior de 12% a 16%. Durante o terceiro trimestre, sua carteira de empréstimos cresceu 19% em relação ao mesmo período do ano passado, para 969,2 bilhões de riais.

O lucro líquido ajustado trimestral do credor aumentou 63% em relação ao ano anterior, atingindo OMR 8,36 bilhões, superando as estimativas dos analistas consultados pela Refinitiv de OMR 7,36 bilhões.

Os resultados do Banco do Brasil contrastaram fortemente com seus pares do setor privado Bradesco e Santander Brasil, que anteriormente relataram queda na lucratividade e forte aumento nas provisões de crédito em risco de inadimplência.

Alocou 4,52 bilhões de riais em provisões para devedores duvidosos, um aumento de 15,1% em relação ao ano anterior, enquanto a taxa de inadimplência em 90 dias foi de 2,3%, ou 0,3 ponto percentual acima do trimestre anterior.

O retorno sobre o patrimônio, que mede a rentabilidade, foi de 20,5%, 1 ponto percentual acima do trimestre anterior.

A receita de tarifas cresceu 14,6%, para 8,52 bilhões de riais, enquanto a receita líquida de juros, uma medida dos lucros que ele obtém com empréstimos, excluindo os custos de depósito, aumentou 25%, para 19,56 bilhões de riais.

Analistas do Citi elogiaram o forte desempenho do credor em NII e taxas, mais do que compensando a deterioração na qualidade dos ativos, escreveram em nota aos clientes.

(1 dólar = 5,1864 riais)

(Reportagem de Peter Frontini; Edição de Sarah Morland e Leslie Adler)

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