Banco central do Brasil não foca em flexibilização monetária agora, diz governador

Pessoas caminham em frente ao prédio da sede do Banco Central em Brasília, Brasil, em 22 de março de 2022. REUTERS/Adriano Machado/FILE PHOTO

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BRASÍLIA (Reuters) – O presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, disse que os formuladores de políticas não estão focando na flexibilização monetária no momento, já que a prioridade continua sendo trazer a inflação de volta à meta oficial.

“Fomos informados de que não estamos olhando, nem estamos considerando, taxas de juros mais baixas neste momento”, disse Campos Neto na segunda-feira em discurso em evento promovido pelo jornal Valor Ecomico.

“Estamos pensando em deixar o emprego”, disse ele. “Terminar o emprego significa inflação convergente.”

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O banco central do Brasil elevou as taxas de juros em 12 reuniões consecutivas de política monetária de uma baixa recorde de 2% em março de 2021, lutando contra as pressões inflacionárias dos preços globais das commodities exacerbadas por uma onda de gastos no ano eleitoral do presidente Jair Bolsonaro.

Os formuladores de políticas estão sinalizando uma pausa no ciclo na reunião de 21 de setembro, mantendo a porta aberta para outra alta da taxa de referência, agora em 13,75%, se tal movimento for considerado apropriado.

Campos Neto disse que o banco central avaliará a necessidade de outra taxa na reunião de política deste mês, acrescentando que o país provavelmente verá três meses de deflação, principalmente devido às medidas governamentais de corte de impostos.

Os preços ao consumidor brasileiro caíram no mês até meados de agosto, entrando em território de deflação, uma vez que os preços de transporte continuaram caindo devido à legislação federal que corta impostos sobre combustíveis e novos cortes de preços pela estatal petrolífera Petrobras (PETR4.SA). Consulte Mais informação

No entanto, a taxa de rolagem anual permaneceu alta. A inflação atingiu 9,6% nos 12 meses até meados de agosto, e economistas privados em pesquisa do banco central previram que fecharia o ano em 6,6%, ainda bem acima da meta oficial de 3,5%. Consulte Mais informação

Referindo-se aos preços ao consumidor, Campos Neto disse que “a batalha não foi vencida” e os formuladores de políticas estão analisando atentamente a inflação de serviços e como a taxa de desemprego está evoluindo.

O ministro da Economia brasileiro, Paulo Guedes, afirmou recentemente que a flexibilização monetária começará no país assim que o ano virar, o que ajudará a sustentar um crescimento do PIB muito acima do esperado em 2023.

Por outro lado, os economistas privados só começarão a cair no final de junho, de acordo com uma pesquisa semanal do banco central.

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(Reportagem de Marcella Ayres) Edição de Shree Navaratnam

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