Banco central do Brasil aumenta taxas de juros, sinaliza mais por vir

Mulher passa pela sede do banco central em Brasília, Brasil, em 22 de março de 2022. REUTERS/Adriano Machado/Foto de arquivo

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BRASÍLIA (Reuters) – O Banco Central do Brasil elevou as taxas de juros nesta quarta-feira em 50 pontos-base, em linha com as expectativas predominantes do mercado, e sinalizou outro aumento à frente no ciclo de aumento de juros mais agressivo do mundo.

O comitê de definição de taxas do banco, conhecido como Cobom, elevou sua taxa de referência para 13,25%, o nível mais alto desde o início de 2017 e um aumento acentuado de uma baixa recorde de 2% em março de 2021. Uma pesquisa da Reuters na semana passada mostrou 25 dos 30 economistas esperavam um aumento de 50 pontos base.

No entanto, havia dúvidas sobre se os formuladores de políticas continuariam com o 12º aumento consecutivo em agosto, somando-se ao atual maior ciclo de alta de juros entre as principais economias.

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“Para sua próxima reunião, o Comitê antecipa uma nova emenda, de tamanho igual ou menor”, escreveram os formuladores de políticas em sua declaração de decisão.

A decisão de avançar com o aumento da taxa de juros, que deve esfriar a maior economia da América Latina a partir do segundo semestre deste ano, ocorreu quando o Federal Reserve dos EUA aprovou o maior aumento da taxa de juros em mais de um quarto de século para conter taxas de juros. de influência. Do aumento dos preços das commodities e do caos nas cadeias de suprimentos globais. Consulte Mais informação

Cobom também observou que os indicadores econômicos brasileiros desde sua reunião no mês passado mostraram um crescimento econômico mais forte do que o esperado, enquanto os dados de inflação foram piores do que o esperado.

Os preços ao consumidor no Brasil subiram 11,7% nos doze meses até maio, com contínuas pressões inflacionárias espalhadas por toda a economia brasileira afetando as perspectivas para o próximo ano.

Pedro Hallack, economista da Guide Investimentos, disse que a declaração de Cobum foi mais agressiva do que o esperado, perdendo a oportunidade de sinalizar que o fim do ciclo de aperto está se aproximando.

“Pelo contrário, eles já contraíram um novo aumento como o cenário mais provável”, disse Hallack, prevendo outro aumento de 50 pontos base em agosto.

Cobomme em sua decisão citou uma onda de incentivos fiscais propostos, que o presidente Jair Bolsonaro pressionou em um esforço para remover a inflação antes das eleições presidenciais de outubro.

Uma análise da Reuters descobriu que a maioria desses incentivos fiscais expirará no final de 2022, levando analistas a alertar sobre pressões inflacionárias iminentes no início do próximo ano. Consulte Mais informação

Em sua decisão, os formuladores de políticas destacaram que as medidas fiscais apoiariam a inflação “no horizonte apropriado da política monetária… que inclui 2023”.

Cobum disse que vê inflação em 8,8% em 2022 e 4% em 2023, sem incorporar o impacto das medidas tributárias, acima das metas oficiais de 3,5% e 3,25%, respectivamente.

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(Reportagem de Marcela Ayres) Edição de Brad Hines e Chris Reese

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