As autoridades de saúde em Portugal descobriram porque é que mais de 200 pessoas adoeceram recentemente depois de comerem um tipo de pão.
A Direção-Geral da Saúde (DGS) informou que 209 casos estiveram ligados ao consumo de broa de milho em algumas regiões do país desde meados de julho.
A sintomatologia clínica dos casos orientou as investigações laboratoriais, o curto período e duração de incubação, a literatura e as contribuições de especialistas.
Os pacientes apresentaram sintomas semelhantes, incluindo boca seca, problemas de visão, tontura, confusão mental e diminuição da força muscular. Os sintomas foram observados entre 30 minutos a duas horas após a ingestão. Na maioria dos casos, foram classificados como leves, mas mais de 40 pessoas necessitaram de atendimento hospitalar.
Resultados do alcalóide Tropan
Em amostras de farinha, pão e pacientes, os alcalóides tropânicos atropina e escopolamina foram detectados em níveis muito elevados.
A investigação encontrou fortes indícios de contaminação com sementes do gênero Datura, planta que pode estar presente como erva daninha em campos cultivados. Essa contaminação pode ocorrer durante a colheita.
Este trabalho envolveu os Departamentos Regionais de Saúde Pública, a Autoridade de Segurança Económica e Alimentar (ASAE) e a Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).
Na sequência do incidente, a DGAV irá emitir um guia aos produtores, para garantir um melhor acompanhamento desta planta no campo e após a colheita.
No início de Agosto, as autoridades alertaram as pessoas contra o consumo de broa de milho em certas partes do país, mas disseram que o produto “é, e deve continuar a ser, parte integrante da dieta portuguesa”.
As autoridades restringiram a utilização de matérias-primas no fabrico dos produtos em questão.
O conselho para evitar Broa de milho em Leiria, Santarém, Coimbra e Aveiro foi agora levantado.
As autoridades disseram que isso se deveu à falta de novos casos suspeitos e à ausência de produtos potencialmente contaminados no mercado. Agradeceu-se às empresas e aos consumidores por seguirem as recomendações anteriores.
A DGS acrescentou que a avaliação de risco não justifica a manutenção da orientação para evitar repressões em áreas designadas, mas se surgirem novos casos a situação pode mudar.
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