(adiciona detalhes e contexto)
Escrito por Marcela Ayres
BRASÍLIA (Reuters) –
Dados do governo mostraram na quinta-feira que a economia brasileira contraiu no quarto trimestre, afetada pela indústria fraca e uma desaceleração que se fortaleceu ao longo do ano, o que lançou uma sombra sobre as perspectivas para 2023 em meio ao aumento dos custos de empréstimos.
O produto interno bruto do Brasil caiu 0,2% nos três meses encerrados em dezembro em comparação com o trimestre anterior, informou a agência oficial de estatísticas IBGE, correspondendo às expectativas de declínio em uma pesquisa da Reuters com economistas.
A maior economia da América Latina experimentou contração de 0,3% na indústria no período, enquanto agricultura e serviços cresceram 0,3% e 0,2%, respectivamente, segundo o IBGE.
A economia brasileira cresceu 1,9% no último trimestre de 2021, abaixo da expectativa de alta de 2,2%.
Com isso, o PIB do país cresceu 2,9% em 2022, perdeu força com a expansão pós-pandemia de 5% em 2021, mas ainda teve um desempenho muito melhor do que inicialmente esperado no início do ano passado.
O desempenho anual foi favorecido pelo vigor do setor de serviços, que apresentou expansão em todas as atividades pesquisadas, além da melhora do mercado de trabalho e dos estímulos fiscais do governo anterior do presidente Jair Bolsonaro em sua candidatura à reeleição.
A eleição foi vencida pelo presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva, que, junto com ministros e aliados, afirmou que o nível recorde da taxa de juros do país, que está em uma alta de seis anos de 13,75% desde setembro para combater a inflação, poderia ser sufocado. economia e causou turbulência no mercado de crédito.
Em 2022, o setor de serviços avançou 4,2% e a indústria registrou crescimento de 1,6%, enquanto a agropecuária caiu 1,7%, afetada pela queda na produção de soja, principal cultura do Brasil.
(Reportagem de Marcella Ayres; Edição de Stephen Grattan e Chizu Nomiyama)
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