(adiciona detalhes, contexto e citação)
SÃO PAULO (Reuters) – O ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira que o Banco Central do país enviou “vários sinais” de que as medidas que o governo está tomando para equilibrar as contas públicas, incluindo o novo quadro fiscal proposto, são “consistentes”.
Enquanto o governo pressiona os formuladores de políticas para cortar as taxas de juros, Haddad explicou em entrevista ao BandNews que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, elogiou os esforços fiscais feitos até agora.
Campos Neto disse no evento de quarta-feira que o esforço eliminou o risco de uma trajetória “mais descoordenada” da dívida, mas enfatizou que não há relação mecânica entre a situação fiscal e os juros porque o fator crítico é como as medidas afetam as expectativas de inflação.
Ainda assim, Haddad disse que a aprovação do quadro fiscal pelo Congresso ajudaria a reduzir os custos dos empréstimos.
A taxa básica de juros do Brasil está atualmente em uma alta de seis anos de 13,75%.
“Se as contas públicas estão sólidas, não há razão para esse nível de juros”, disse Haddad.
O ministro disse ainda que trabalha para lançar o programa de renegociação de dívidas do Desenrola ainda no primeiro semestre, após descumprir prazos anteriores em fevereiro e março.
Reuters
mencionei mês passado
citando fontes, que o governo enfrentava problemas técnicos e questões em aberto sobre o papel do setor privado no programa.
Haddad destacou que o governo ainda está tentando convencer as empresas a fornecer dados para o programa Desenrola. (Reportagem de Luana Maria Benedetto; Redação de Gabriel Araujo; Edição de Stephen Grattan)
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