O índice de atividade econômica do Banco Central do Brasil (IBC-Br), que é considerado um indicador fiável dos dados oficiais do PIB, indica que a economia do país contraiu 0,06 por cento em Setembro em relação a Agosto.
Se o desempenho da economia superou as expectativas no primeiro semestre, nos últimos meses fez o contrário. O índice IBC-Br também ficou abaixo das expectativas do mercado em agosto.
Ao longo de 12 meses, o índice subiu 2,5% – mas a desaceleração é acentuada.
Os sinais de que a economia está a perder força estão por todo o lado. A produção industrial permanece estável há 12 meses. As vendas no varejo apresentam tendência de queda. O setor de serviços, que representa metade dos empregos formais do Brasil e cerca de 70% do produto interno bruto do país, contraiu-se durante dois meses consecutivos.
No início deste ano, o Ministro das Finanças, Fernando Haddad, disse que o país poderia enfrentar problemas financeiros se a actividade económica continuar a vacilar, uma vez que afecta as receitas fiscais.
Entre janeiro e setembro de 2023, o governo federal brasileiro reportou um déficit primário ajustado pela inflação de R$ 92,6 bilhões (US$ 18,4 bilhões). Este é o maior défice orçamental desde o auge da crise pandémica.
Apesar dos problemas de receitas, o governo adiou a ideia de pedir ao Congresso que estabeleça uma meta fiscal mais flexível em 2024, quando se pretende alcançar um orçamento sem défices. Mas os analistas acreditam que a ideia deverá surgir em Dezembro, quando os legisladores votarem o orçamento do próximo ano, ou no início do próximo ano – quando o Tesouro analisar as contas públicas.
“Ávido fanático pela internet. Futuro ídolo adolescente. Perito sem remorso em café. Comunicador. Pioneiro de viagens. Geek zumbi freelance.”