As mineradoras buscam fazer do Brasil uma potência de transição energética global

As mineradoras buscam fazer do Brasil uma potência de transição energética global

As partes interessadas no setor de mineração brasileiro estão ansiosas para tornar o país uma força global na produção de minerais estratégicos para transição energética e segurança alimentar.

Reconhecido mundialmente pela produção de minério de ferro de alta qualidade, o Brasil também possui vasto potencial para cobre, grafite, lítio, níquel, fosfato, potássio, urânio e elementos de terras raras.

“O Brasil já está no radar dos fundos de investimento globais interessados ​​em explorar o potencial do país em minerais relacionados à transição energética”, disse à BNamericas Miguel Neri, diretor da associação de exploração e mineração ABPM.

“Também é importante destacar que além do potencial, vemos sinais do governo para fortalecer a regulamentação do setor para atrair mais investimentos.”

Como parte desses esforços, funcionários do governo e líderes empresariais apresentaram o potencial do país na maior conferência de exploração e mineração do mundo, a Canadian Prospectors and Developers Association (PDAC 2023), realizada esta semana em Toronto.

“O Brasil tem um enorme potencial e, se concretizado, pode nos tornar players globais em todas essas commodities”, disse Marcelo Esteves Almeida, chefe da Divisão de Recursos Minerais do Serviço Geológico Brasileiro (SGB), em comunicado.

A SGB desenvolveu um diretório com mapas de localização de jazidas minerais importantes para a transição energética e segurança alimentar, ligadas à produção de fertilizantes.

“É a primeira vez que preparamos um material desse tipo, sobre o potencial desses minerais no Brasil, para o PDAC. Mostramos a localização das jazidas, o contexto geológico e os tipos de jazidas”, disse Guilherme Ferreira, Chefe da Região de Geologia Econômica da SGB.

O guia pode ser visto aqui.

O Brasil é o segundo maior produtor de minério de ferro do mundo, sendo a maior parte exportada para a China.

Agora, o país busca diversificar sua indústria de mineração e atrair investimentos.

“O tamanho e a composição da demanda por minerais e metais já estão mudando como resultado dessa tendência [the energy transition]. Para que o Brasil corresponda ao seu potencial, é fundamental estabelecer parcerias de capital público e privado para investimentos em mineração, incluindo o envolvimento da bolsa de valores”, disse Raul Jungmann, presidente da Associação Ibram de Mineração, em declaração durante sua participação no PDAC.

Segundo o Ministério de Minas e Energia, o Brasil possui hoje a sétima maior reserva de urânio do mundo e está entre os seis maiores mineradores de lítio do mundo, além de possuir 22% das reservas mundiais de grafite. O país também é a terceira maior reserva de níquel.

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