Algarve é o mais atingido pela epidemia

Embora todas as regiões de Portugal tenham sido afetadas negativamente pela epidemia, foi a região do Algarve que registou a maior queda do PIB.

De acordo com um relatório da Organização de Cooperação Económica, apenas o declínio no norte e centro de Portugal ficou abaixo da média da União Europeia, enquanto a região do Algarve foi a região mais atingida, diminuindo 15,6 por cento com o impacto da pandemia segundo dados do Eurostat . .

Apesar de já se sentir alguma recuperação na zona, “vai demorar alguns anos para restabelecer a atividade turística”, disse ao ECO o autarca de Faro, Ruggiero Bacalhau.

O valor adicionado bruto (VAB) caiu 5,9% na União Europeia em 2020 em relação a 2019. Esse indicador caiu em todas as regiões do bloco da União Europeia, exceto em quatro: as três regiões irlandesas e Mayotte, região externa da França, segundo ao Gabinete Europeu de Estatística.

Em Portugal, a queda foi diferente por regiões. O maior foi no Algarve, seguido da Madeira (13,4 por cento), ambos locais cujas economias são altamente dependentes do turismo. “Como o Algarve é uma região onde o turismo é a principal atividade, a epidemia teve um impacto muito maior do que outras regiões, onde a produção caiu drasticamente”, disse Ruggiero Bacalhau.

O autarca de Faro salienta que “a recuperação foi muito difícil”, ou seja, porque as pessoas continuaram “com medo” da Covid-19, devendo ainda referir-se que “houve algum apoio do Estado, mas claramente não foi suficiente para enfrentar as dificuldades que os empresários conseguiram”.

Olhando para o futuro, a recuperação “vai depender muito do que acontecer em outros países europeus, que são as principais fontes de turistas”. No entanto, “não voltaremos aos níveis de 2018 ou 2019” este ano porque a Covid-19 “ainda está entre nós”, afirma o responsável. Por isso, disse, “a atividade turística vai demorar alguns anos para se recuperar”.

Nas restantes regiões do país, a redução na área metropolitana de Lisboa foi de 8,3 por cento, nos Açores 8 por cento e no Alentejo 7,1 por cento. No norte de Portugal, a diminuição do VAB regional foi de 5,7 por cento em 2020, e no centro foi de apenas 4,7 por cento face ao ano anterior.

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