Alemanha promete dinheiro para ajudar o Brasil a defender a floresta amazônica

BRASÍLIA (Reuters) – A Alemanha prometeu nesta segunda-feira 200 milhões de euros (US$ 217 milhões) para ajudar o Brasil a defender a floresta amazônica, um ecossistema global devastado durante anos de governo do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro.

A quantia, em créditos e doações, foi anunciada na capital Brasília, quando o chanceler alemão Olaf Scholz se tornou o primeiro líder ocidental a visitá-lo desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomou posse em 1º de janeiro.

Schulz disse em entrevista coletiva que a visita foi uma demonstração do apoio alemão à democracia brasileira após os distúrbios de apoiadores de Bolsonaro, o antecessor de extrema-direita de Lula.

A ministra do Desenvolvimento da Alemanha, Svenia Schulz, disse a repórteres que o governo alemão reconhece que o novo governo de esquerda do Brasil está trabalhando duro para mostrar resultados na redução do desmatamento nos primeiros 100 dias de sua presidência.

O valor inclui uma doação de 35 milhões de euros (US$ 38 milhões) ao Fundo Amazônia para apoiar uma iniciativa de US$ 1 bilhão financiada pela Noruega e Alemanha para proteger as florestas tropicais da América do Sul e combater o desmatamento.

A ministra do Meio Ambiente do Brasil, Marina Silva, revigorou o Fundo Amazônia no dia em que assumiu o cargo, prometendo deter o desmatamento na maior floresta tropical do mundo.

Está parado desde 2019, quando Bolsonaro descartou seu conselho de administração e planos de negócios. Como disse o presidente Bolsonaro, os brasileiros têm o direito de explorar os recursos naturais da Amazônia.

a Assistência alemã incluída Um comunicado divulgado pelo Brasil disse que projetos sociais e ambientais para apoiar os estados brasileiros na floresta amazônica e empréstimos a juros baixos para agricultores, a fim de reflorestar suas terras.

Silva disse que o dinheiro do fundo Amazônia seria usado para emergências, incluindo uma crise de saúde para os povos indígenas no norte do Brasil, onde os Yanomami sofrem de desnutrição e outras doenças causadas pela invasão de garimpeiros ilegais.

“Não tenho dúvidas de que existe uma atitude genocida em relação às comunidades indígenas”, disse ela, culpando o governo Bolsonaro pelo descaso. Na semana passada, Lula declarou estado de emergência médica no território Yanomami, a maior reserva indígena do país.

(Reportagem) Enviado por Gabriel Araujo, Peter Frontini e Eduardo Simos; Edição de Anthony Bodel e Howard Goller

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