Escrito por Ana Manu
SÃO PAULO (Reuters) – A empresa de açúcar e energia BP Bunge, uma joint venture controlada pela BP e pela Bunge no Brasil, eliminará gradualmente o uso de fertilizantes minerais em seus canaviais até 2025, informou a empresa de açúcar e energia em comunicado nesta segunda-feira.
Em vez disso, aumentará o uso de biossimilares desenvolvidos pela Agência Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a Embrapa.
A BP Bangui disse que a medida, que ocorre depois que os preços dos nutrientes agrícolas aumentaram globalmente, deve eliminar o uso de fertilizantes químicos, incluindo aqueles do grupo NPK, como nitrogênio, fósforo e potássio.
O Brasil, grande produtor de açúcar, café, soja e milho, entre muitas outras commodities, é importador de fertilizantes pesados.
Na safra de cana 2022/2023, que termina em março próximo, a BP Bunge disse que conseguiu deixar de usar fertilizantes nitrogenados em 100% da área cultivada com cana, que é de cerca de 50.000 hectares (123.552 acres).
A empresa acrescentou que a substituição de fertilizantes minerais já permitiu um aumento na produtividade da cana-de-açúcar entre três e dez toneladas por hectare.
A BP Bunge disse que a iniciativa também aumentou a vida útil da planta em dois anos, reduzindo em até 80% a quantidade de cloreto de potássio que a empresa precisa comprar no mercado. (Reportagem de Ana Manu; Edição de Stephen Grattan)