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BRASÍLIA (Reuters) – O Ministério da Economia do Brasil está considerando uma meta para as grandes reservas cambiais do país, disseram duas fontes à Reuters, já que a inflação continua sendo uma preocupação para os eleitores antes da eleição presidencial.
O plano estabeleceria uma meta para uma quantidade mínima e máxima de moeda estrangeira que o Brasil deveria manter em suas reservas, que atualmente totalizam US$ 338,7 bilhões.
Os funcionários, que pediram para não serem identificados devido à sua natureza sensível, disseram que o plano das equipes flutuantes é preliminar e está sujeito a alterações ou o governo pode decidir não prosseguir com a ideia.
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O Ministério da Economia e o Banco Central não quiseram comentar.
As vendas de reservas estrangeiras pelo banco central ajudam a conter a alta do dólar em relação ao real e aliviam as pressões inflacionárias.
O banco central, que é independente do governo federal, disse que só atua no mercado de câmbio quando identifica oscilações acentuadas.
O aumento dos preços ao consumidor é um tema importante no Brasil antes das eleições de outubro, com o presidente Jair Bolsonaro atrás do ex-presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva nas pesquisas de opinião.
O gol foi divulgado pela primeira vez nesta terça-feira pelo jornal O Globo.
Uma autoridade disse que mirar com bandas flutuantes evitaria a manipulação política das reservas, especialmente em ano eleitoral.
Isso iria contradizer diretamente a política cambial que cabe inteiramente ao banco central.
A existência de tal plano surpreendeu os técnicos superiores do Ministério da Economia, que disseram não haver acordo sobre uma meta para as reservas. Uma fonte do banco central criticou a ideia, dizendo que a taxa de câmbio era uma “variável externa, sobre a qual você não tem controle”.
“Isso é estúpido”, disse Alexander Schwarzman, ex-diretor do banco central. Ele disse que a moeda reflete os fundamentos econômicos e não faz sentido controlar suas flutuações.
Lula disse que não mexeria nas reservas cambiais do país se fosse eleito.
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(Reportagem de Marcela Ayres e Bernardo Karam) Edição de Lisa Schumaker
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